Futuro, ao Futuro ele corria: Sousândrade e o lugar reservado aos povos indígenas n'O Guesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ferreira, Ramon Castellano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14492
Resumo: Esta dissertação analisa as ideias e propostas do poeta e intelectual Sousândrade (1832- 1902) referentes aos debates acerca dos índios no Brasil de meados para fins do século XIX. A fonte principal é o poema épico O Guesa, e a abordagem focaliza o papel que esta narrativa teve dentro do projeto de nação encampado pelo poeta, projeto este que tinha como preocupação central a integração dos povos indígenas no Estado-nação por meio de políticas educacionais e civilizatórias. Escrito entre as décadas de 50 e 80 do século XIX, momento de consolidação e queda do Segundo Reinado, neste poema estão expostas as bases das concepções políticas do poeta maranhense no que diz respeito ao lugar que estes povos deveriam ocupar no seu projeto republicano de nação. Partindo desta análise, procurou-se perceber as linhas de continuidade e ruptura instauradas por Sousândrade, tanto no nível poético e temático, como na elaboração de uma nova narrativa para a nação. Reconfigurando alguns dos preceitos da poesia romântica, ressignificando o indianismo para fins republicanos, Sousândrade destacou-se por ter trazido para o poema contribuições muito peculiares, tais como o índio do presente em estado de decadência e o viés panamericano, mas o fez conforme a lógica dominante ocidental, orientando-se pelos princípios gerais de civilização e progresso.