Do tatu fúnebre ao lar-titú: implicações do indianismo no canto segundo do poema O Guesa, de Sousândrade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Carneiro, Alessandra da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-27052011-160658/
Resumo: No Canto Segundo do poema O Guesa (188?), uma das treze seções que compõe o longo poema épico de Sousândrade, destaca-se a reunião de índios com personagens não indígenas em um festim supostamente oferecido ao demônio Jurupari, na região do Alto Solimões, no Amazonas. Nessa pândega assinalada por uma dança depravada que ficou conhecida como Tatuturema, designação também atribuída pela crítica literária ao excerto do canto no qual o episódio festivo se desenvolve, chama atenção, principalmente, a caracterização dos nativos como seres degradados e explorados pelo contato com a sociedade branca. Representação que é oposta à imagem idealizada do índio presente na literatura oitocentista. Isso posto, o objetivo desta dissertação é analisar as figurações do Indianismo no Canto Segundo e suas implicações. A hipótese aventada é que a temática da festa indígena seria pano de fundo para a crítica de Sousândrade ao favorecimento de um grupo restrito de pessoas ligadas ao imperador d. Pedro II e à política opressiva e excludente do Segundo Reinado em relação aos grupos indígenas no projeto de construção da ideia de nação.