Saindo do armário: monstros e representações sociais na literatura infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, John Brendo Diniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34148
Resumo: A discussão sobre temas difíceis cresce cada vez mais na Literatura Infantil, sobretudo nas mídias. Por mais que temáticas como morte, separação, guerra, antirracismo, entre outras, tenham se tornado mais frequentes na sociedade atual, as que envolvem relações homoafetivas e questões de gênero ainda são vistas como temas tabus e mais complexos de serem abordados com crianças. O não entendimento sobre o assunto pode fazer com que sejam (re)produzidas normas sociais regulatórias em relação a pessoas LGBTQIA+. Dessa maneira, a aplicação da Teoria Queer à Literatura Infantil envolve uma abordagem crítica e reflexiva sobre como questões de gênero, sexualidade e identidade são representadas nos livros destinados às crianças. Nesta dissertação, temos, como objetivo mostrar de que modo os livros infantis discorrem sobre temas relacionados à expressão de gênero e à diversidade sexual, evidenciando de que maneira a Teoria Queer pode ser articulada à Literatura Infantil. O corpus ficcional repousa na análise da obra Monstro Monstruoso da Caverna Cavernosa, de Rosana Rios, e traz conceitos como o de representações sociais, mostrando como a figura do monstro é apresentada nas obras infantis; como apoio ficcional, há a abordagem das obras O menino perfeito, Julián é uma sereia, O menino que brincava de ser e Joana Princesa. A dissertação perpassa, ainda, a reflexão crítica sobre estratégias de leitura, com propostas de atividade para sala de aula, estimulando a empatia, a compreensão e o respeito pelas diferenças. A fundamentação teórica sustenta-se nos estudos de Judith Butler, Guacira Louro e Richard Miskolci, Ana Margarida Ramos, baseando-se também na perspectiva semiolinguística de Charaudeau.