Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Maia, Helder Thiago Cordeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11180
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Resumo: |
Esta dissertação, que está dividida em três partes, tenta cartografar escritas que desterritorializam a heteronormatividade e a heterossexualidade compulsória. Para isso, partimos de textos produzidos em diversos gêneros textuais por Néstor Perlongher e Copi, escritores argentinos, que viveram a maior parte das suas vidas no exílio, Brasil e França, respectivamente. No primeiro capítulo, construímos o conceito de escrituras queer, com o objetivo de propor um campo de análise que abarcasse não só os nossos autores, mas que pudesse incluir outras escritas que compartilhassem de uma mesma ética queer. Apostando na precariedade, mas também em certa estabilidade, nos distanciamos conceitualmente das ideias de uma literatura gay e de uma literatura queer. No segundo capítulo, partimos para uma análise das características particulares das obras de Néstor Perlongher e Copi, a partir do conceito de escrituras queer. Escolhemos analisá-las a partir de três vozes que parecem-nos marcantes nessas obras: as vozes das locas, as vozes menores e as vozes profanatórias. Essas três vozes formam o que também nomeamos, a partir de Beatriz Preciado e de Roland Barthes, de “terrorismo textual”. Por fim, no último capítulo, empreendemos uma análise desses autores através das historiografias literárias com o intuito de verificarmos a presença de ambos no sistema literário latino-americano. Objetivamos, através da análise comparativa entre historiografias canônicas e historiografias temáticas, medir a presença e o silêncio sobre esses autores, entender as relações de saber-poder que constroem essas historiografias e sugerir possíveis estratégias de leituras que sejam capazes de enriquecer esses dois tipos historiográficos. Contudo, não tivemos a pretensão de defender a formação de cânones paralelos ou de sugerir a ampliação dos cânones oficiais, nossa ideia foi questionar a própria existência do cânone, principalmente, através de um entendimento do literário em campo expandido |