Uso integrado de dados de sensoriamento remoto para o estudo da geologia e geomorfologia da área da foz rio Tapajós, Santarém, Pará
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas BR UFAM Programa de Pós-graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3267 |
Resumo: | A planície Amazônica é uma importante região do planeta e estratégica para o desenvolvimento científico-tecnológico do Brasil. Do ponto de vista da pesquisa científica se conhece pouco da geologia e geografia da região. A utilização de imagens de satélite pode ser considerada como ferramenta indispensável para dinamizar o avanço nesta direção. Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho é de apresentar o detalhamento da geomorfologia e da geologia da foz do rio Tapajós, entre os 2º 20 S a 2º 40 S e os meridianos de 54º, 35 W a 55º 05 W e fazer uma análise temporal da história deposicional deste complexo sistema fluvial, localizado no município de Santarém-Pará, De um modo geral, a abordagem metodológica executada caracterizou-se por intensa revisão bibliográfica, etapas de pré processamento das imagens, etapas de levantamento de campo, uma etapa mais significativa de processamento e análise multitemporal das imagens de satélite. Os dados utilizados nesta pesquisa incluem imagens da série LANDSAT, imagens LANDSAT ortorretificadas obtidas no site da Universidade de Maryland, dados topográficos do radar interferométrico do Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), além de imagens mosaico de radar do SAR JERS-1. O tratamento e processamento digital das imagens orbitais foram realizados no Software PCI 10.1 e Arc Gis (Arc Map 9.2). Na porção oeste do Estado do Pará afloram poucas unidades litoestratigráficas de distribuição regional, essencialmente trata-se de terrenos representantes das rochas da Formação Alter do Chão, de idade Meso-cenozóica, além de terrenos sedimentares mais jovens da planície Cenozóica dos rios Amazonas e Tapajós, depósitos aluvionares modernos e coberturas detrítico-lateríticas. Dentre estas unidades geomorfológicas regionais somente duas tem importância no âmbito da área de estudo: a Planície Amazônica e o Planalto Rebaixado da Amazônia. A interpretação visual do conjunto de imagens geradas neste estudo permitiu a obtenção de informações mais detalhadas que as disponíveis regionalmente, que incluem alguns aspectos fisiográficos, geomorfológicos e geológicos da área de estudo. Neste estudo foi possível a delimitação e caracterização de pelo menos três (03) domínios geomorfológicos distintos: o da Planície de Inundação Amazonas/Tapajós, o da Zona Dissecada do vale do rio Tapajós e dos Planaltos Pediplanizados. A análise do conjunto de informações associada diretamente aos sistemáticos levantamentos de campo realizados permitiram o reconhecimento, individualização e caracterização de três (03) unidades geológicas distintas: na área de estudo dominam litologias associadas Formação Alter do Chão e aos depósitos de sedimentares inconsolidados cenozóicos (antigos e recentes) e aluviões modernas. Não menos freqüentes encontram-se também materiais associados a depósitos de coberturas detrito-lateríticas. As informações de campo e os inúmeros caminhamentos geológicos e pontos visitados, permitiram a organização e apresentação da estratigrafia geral da área de estudo e a correlação estratigráfica entre os vários perfis das rochas pertencentes a Formação Alter do Chão. No que se refere aos resultados alcançados na análise multitemporal das imagens LANDSAT, visando o estabelecimento da evolução deposicional (taxa de acresção e erosão) da área de estudo, no intervalo de tempo estudado (1975 e 2007) e respeitando as limitações apresentadas foi possível afirmar que a região da barra do Tapajós apresentou dominância de processos erosivos (taxa de erosão positiva), e, por outro lado, as ilhas fluviais no rio Amazonas mostram processo de crescimento deposicional (acresção). |