Potencial biotecnológico de algas marinhas e dos produtos sintéticos de triazol na inibição dos efeitos tóxicos, induzidos por venenos de serpentes do gênero Bothrops

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Marques, Hosana Cristina Moitinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25768
Resumo: O acidente ofídico é considerado um grave problema de saúde pública em diversas regiões do mundo, devido a sua ocorrência, gravidade e sequelas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, estima-se que mais de 2,7 milhões de acidentes e 100 mil mortes ocorram todos os anos. No Brasil, o gênero Bothrops é responsável por 78 % dos acidentes ofídicos, e tais acidentes são caracterizados por efeitos sistêmicos (hemorragia, distúrbios de coagulação, insuficiência renal e cardíaca) e locais (dor, edema, sangramento, dermonecrose e mionecrose). O tratamento recomendado pelo Ministério da Saúde é a soroterapia, que apesar de impedir o óbito, não consegue reverter os efeitos locais ocasionados pelo envenenamento, podendo gerar amputações/deformações no membro acometido pela mordida. Por isso, a pesquisa por novos tratamentos se torna importante. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos neutralizadores dos extratos das algas marinhas Caulerpa racemosa, Gracilaria spp, Kappaphycus alvarezii e da Calerpina sobre os efeitos tóxicos induzidos pelo veneno da serpente B. jararaca e B. jararacussu, além de analisarmos também os efeitos neutralizadores de derivados sintéticos triazólicos contra o veneno de B. jararaca. Os extratos de algas marinhas, isolado e os derivados sintéticos foram incubados por 30 min a 25°C com os venenos, e em seguida as atividades in vitro (Coagulação, Fibrinocoagulação, Proteolítica, Hemolítica) e in vivo (Hemorrágica) foram realizadas. Os resultados sugerem que a alga marinha K. alvarezii, foi de inibir as atividades tóxicas induzidas pelo veneno de B. jararaca e B. jararacussu, em diferentes níveis, sendo que a alga marinha K. alvarezii e o dervivado sintético de triazol AM020 os que mais obtiveram resultados positivos referente a inibição. Dessa forma, estes resultados sugerem que os derivados sintéticos triazólicos e as algas marinhas podem ser eficazes frente ao envenenamento por serpentes do gênero Bothrops.