Alterações oftalmológicas, neurológicas, auditivas e articulares em pacientes pediátricos com infecção presumida intra útero pelo vírus da zika

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Torres, Alessandra Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12622
http://dx.doi.org/10.22409/PPGMMI.2019.m.02103395786
Resumo: pelo vírus da Zika desde 2015, mostrando o poder do vírus em causar surtos em larga escala onde o vetor encontra-se presente. Em abril do mesmo ano, o primeiro caso de Zika foi confirmado no nordeste do Brasil e relacionado a um surto de doença exantemática, conjuntivite, artralgia leve e febre baixa. Com o tempo, novas apresentações da doença surgiram associadas a anomalias congênitas como alterações oftalmológicas, neurológicas, auditivas e articulares. Objetivos: Descrever as lesões oftalmológicas encontradas em pacientes atendidos no Instituto do Cérebro Paulo Niemeyer pelo Projeto Zika. Material e Métodos: Estudo Observacional, transversal retrospectivo. Os dados foram coletados de forma sistematizada diretamente dos prontuários eletrônicos dos pacientes avaliados no Projeto Zika do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, no período maio 2016 a maio 2017. Resultados: Observou-se que 60,7% dos pacientes com epilepsia apresentaram mapeamento de retina alterado que incluía hipoplasia do nervo óptico e palidez do nervo óptico, atrofia coriorretiniana e moteamento pigmentar de retina. Destacou-se que 59,3% dos pacientes que apresentaram descargas epileptiformes posteriores no exame de eletroencefalograma, também apresentaram alteração no mapeamento de retina. Dentre os pacientes com epilepsia, 42,1% deles apresentaram alguma alteração no nervo óptico que incluía hipoplasia e palidez. Em pacientes com artrogripose observouse que 80% deles apresentaram acometimento do nervo óptico. Destacou-se que 57,7% dos pacientes epilépticos apresentaram alguma alteração macular que incluía atrofia coriorretiniana e moteamento pigmentar. Em relação aos pacientes que realizaram o exame PEATE, apenas 32,6% deles, apresentaram alterações na região macular. Conclusão: O presente estudo ressaltou mais uma vez a importância da avaliação oftalmológica nos pacientes acometidos pela infecção pelo vírus da Zika e alertou para a necessidade de avaliação dessas crianças quanto ao risco de acometimento por epilepsia, alterações eletrofisiológicas auditivas e articulares