Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Patricia Pitta de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/35245
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Resumo: |
Introdução: A epidemia de Zika vírus em 2015/2016 trouxe a tona um novo fenótipo de alterações congênitas caracterizado principalmente pela microcefalia, associada a malformações do desenvolvimento cortical, ventriculomegalia, calcificações parenquimatosas, alterações associadas a contraturas congênitas (artrogripose) e alterações oculares. Tais achados caracterizam a chamada Síndrome Congênita pelo Zika Virus (SZC) Objetivos: Descrever os principais achados da SZC, classificar os graus do padrão de simplificação giral (PSG) e correlacionar com o momento da infecção presumida pela presença de rash cutâneo; avaliar os locais de maior acometimento do aspecto de lisencefalia/paquigira; realizar uma correlação entre a desproporção crânio facial, presença de polimicrogiria, alterações operculares e PSG. Metodologia: Foi realizada uma análise retrospectiva de 71 exames de RM de pacientes microcefálicos ao nascer com Zika congênita presumida ou provável, com descrição dos principais achados e realizada uma correlação com o provável momento da infecção daqueles com mães sintomáticas. Também foi realizada correlação do PSG com os graus de desproporção crânio facial, polimicrogiria e alterações operculares. Resultados: Todos (100%) apresentaram PSG em diferentes graus. Os casos de PSG mais grave estavam associados a maior desproporção crânio facial e foram mais prevalentes em infecções do primeiro trimestre, assim como ventriculomegalia e alteração opercular. Polimicrogiria foi mais observada em pacientes com PSG moderado ou leve. O aspecto de lisencefalia/paquigiria teve predomínio frontal (54%). O padrão de opercularização incompleta com exposição do córtex insular foi observado em 86% dos pacientes. Ventriculomegalia (27%) e colpocefalia (65%) foram achados frequentes. A maioria dos pacientes apresentou calcificações localizadas na região subcortical, por vezes associadas a outras localizações (81%). Disgenesia do corpo caloso (63%) foi um achado frequente. Hipoplasia cerebelar foi observada em 24% e hipoplasia do vermis cerebelar com megacisterna magna em 13% dos casos. Conclusão: Houve correlação entre a gravidade do PSG e desproporção crânio facial, com maior gravidade nas infecções de primeiro trimestre. A polimicrogiria foi mais prevalente em pacientes com PSG leve ou moderada. A presença de opercularização incompleta foi um achado frequente nessa coorte, mais prevalente nos pacientes com PSG grave. Portanto, o fenótipo da SZC tem padrão de neuroimagem bastante típico devendo entrar no diagnóstico diferencial na suspeita de uma infecção congênita. |