Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pinho, João Pedro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/24579
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Resumo: |
Nesta dissertação, analiso o realismo, a narrativa, as representações e as marcas autorais em séries de TV com inspirações autobiográficas que recebem atenção por parte da indústria televisiva estadunidense e seu entorno discursivo. O interesse é entender como a identidade dos criadores dessas obras – que ocupam, também, os papéis de ator protagonista e showrunner – influencia o enredo das mesmas, por meio de características autobiográficas que são impressas nelas. Investigo como o fenômeno da autoficção começou a surgir no cenário da TV estadunidense, e quais tipos de formações discursivas do circuito midiático massivo, assim como valores e demandas socioculturais, catapultaram seu espraiamento nos streamings e nos canais de TV. Ressalto a diferença de autoria e foco temático entre as primeiras semi-autobiografias e as de 2010 em diante, propondo que o cerne voltado à esfera privada das narrativas mais contemporâneas as caracterizam como semi-autobiografias ultrapersonalistas. Verso, também, sobre como a indústria televisiva, os próprios autores das séries e os veículos de jornalismo e entretenimento online lançam mão desse caráter “semi-autobiográfico” com a intenção de legitimar essas obras. Analiso, então, as séries Better Things (2016-presente, FX) e Master of None (2015-presente Netflix), investigando suas estratégias narrativas, visões realistas e como elas trazem representações e discursos narrativos não-hegemônicos – que, por sua vez, estão atravessados pelas figuras de Pamela Adlon e Aziz Ansari: criadores e protagonistas dessas obras. Através da validação biográfica e do direito de narrar, promovo um debate sobre como Adlon e Ansari utilizam suas plataformas discursivas para contestar regimes de representação e como Better Things, especificamente, renega protocolos estruturais-narrativos altamente propagados pela indústria, reivindicando para si uma autonomia narrativa em sua retratação do cotidiano. |