Subdeterminação e Realismo Científico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Araujo, Marcus Renato Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-28062024-184219/
Resumo: No contexto do debate entre realistas e antirrealistas científicos, é razoável afirmar que a tese da subdeterminação de teorias científicas pela evidência, ao lado da metaindução pessimista e da crítica à inferência da melhor explicação, constitui um dos principais argumentos contra a defesa explicacionista do realismo científico. Embora haja diferentes versões dessa tese na literatura, o problema da subdeterminação apresenta-se, via de regra, como um desafio de caráter geral à racionalidade envolvida no processo de escolha entre hipóteses ou teorias rivais que sejam igualmente adequadas às evidências disponíveis. O objetivo geral da nossa tese é investigar se, e até que ponto, a aceitação da tese da subdeterminação representa um obstáculo recalcitrante para o realismo científico. Nosso trabalho terá como objeto específico de análise uma recente formulação do problema da subdeterminação elaborado pelo filósofo americano Kyle Stanford em 2006, o chamado \"Problema das Alternativas não Concebidas\". Argumentaremos que é possível formular uma solução realista para os desafios provenientes da Nova Indução Pessimista e do Problema das Alternativas não Concebidas. Procuramos, na nossa tese, elaborar uma defesa do realismo que não seja circunscrita a uma discussão acerca da racionalidade da crença envolvida na existência ou não de entidades inobserváveis. Em acordo com Chakravarty (2007), Worral (1989) e Egg (2012), sustentamos que uma defesa mais sofisticada e resiliente do realismo científico deve basear-se em um realismo de \"propriedades e relações\" com ênfase nas interações causais e não deve se restringir a um problemático realismo de entidades