Estética da transparência: as origens do fotojornalismo moderno na república de Weimar : 1925-1933

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Romão, Douglas Feitosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21806
Resumo: O objeto central desta dissertação são as origens do fotojornalismo moderno na Alemanha, entre os anos de 1925 e 1933. Verificando revistas ilustradas populares, como Berlliner Illustrirte Zeitung, e de sua crítica contemporânea, busca-se compreender se seria possível entendê-las com uma noção de “estética da transparência”. Para que se chegasse na pesquisa empírica, delineou-se algumas noções sobre o moderno e modernidade, na expectativa de se compreender os processos culturais e regimes de visualidade do início dos anos 1920 como seus desdobramentos, bem como partindo de algumas reflexões de Charles Baudelaire para se pensar a modernidade estética e com ela a fotografia. Além disso, buscou-se compreender se seria possível um diálogo entre realismo e modernismos, dentro do recorte alemão. Pensou-se a República de Weimar como espaço democrático de rearticulação política, econômica e social, no qual a fotografia teria sido articulada pelo campo artístico como a da Neues Sehen (Nova Visão), por Lászlo Moholy-Nagy, e da Neue Sachlichkeit (Nova Objetividade), por Albert Renger-Patzsch, exercendo sobre a produção fotográfica no jornalismo algumas de suas condições para sua modernização. Refletiu-se por fim, sobre a modernização do fotojornalismo na República de Weimar a partir das revistas ilustradas, tendo como base o uso das séries fotográficas potencialmente narrando fatos jornalísticos, principalmente a partir de algumas fotografias de Erich Salomon e Felix H. Man. O estudo permitiu verificar que o amadurecimento do fotojornalismo atendia uma demanda do público leitor alemão por fatos, reforçando uma certa ideologia profissional de objetividade. Tendo sido possível pela coincidência de relações, como fotógrafos dispostos a produzir muitas imagens de variadas formas estéticas sob uma diversidade de condições, aliados à liberdade do poder editorial e sua experimentação, além da formação de agências fotográficas que passaram a ordenar o trabalho fotográfico juntamente ao relato escrito.