Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Castro, Tainara Pinheiro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11662
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Resumo: |
Na presente pesquisa, analisamos o uso de praticamente e a sua função anguladora, sob a ótica da Linguística Cognitiva e, sobretudo, à luz da Teoria dos espaços mentais. Além da perspectiva cognitivista, também consideramos contribuições da Pragmática, fundamentais à situação comunicativa. Com base em análise de 60 ocorrências de uso de praticamente como angulador, observamos a existência de três grupos de ocorrências de praticamente, de acordo com uma escala que tem, em seus extremos opostos, respectivamente, o emprego de praticamente como advérbio de modo e como angulador. O Grupo 1 reúne 30% dos casos e ocupa o segundo lugar, em termos de produtividade. Nesse grupo, praticamente ocorre acompanhado de verbos e faz referência a eventos do mundo objetivo. O Grupo 2, que agrega 46,6% dos casos, é o mais produtivo, indicando que, atualmente, esse é o uso mais frequente do angulador praticamente. Nesse grupo, praticamente aparece acompanhado de adjetivos, locuções adjetivas e construções com o valor adjetivo; desempenha a função de aproximar e graduar atributos que caracterizam o que está sendo referenciado. O Grupo 3 reúne 23% dos casos e é, portanto, o menos produtivo. Nesse grupo, praticamente é empregado como angulador pleno, sinalizando imprecisão numérica, fazendo referência à quantidade ou promovendo comparação/aproximação entre duas entidades. As ocorrências de praticamente como angulador pleno são as menos frequentes. Considerando-se a trajetória natural de mudança a que se submetem os anguladores e a distribuição dos usos de praticamente nos três grupos mencionados, entendemos haver indicadores suficientes de que estamos diante de um processo de mudança em curso |