A reforma trabalhista em texto multimodal: processos cognitivos subjacentes à construção de sentidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Bruno Bastos Gomes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20744
Resumo: Neste trabalho, serão analisadas charges sobre a Reforma trabalhista impetrada no ano de 2017 pelo governo do presidente Michel Temer a fim de que sejam descritos as estruturas e os processos cognitivos envolvidos na conceptualização de sentidos atribuídos aos textos. Para tanto, tal estudo fundamenta-se, sobretudo, nas teorias da Mesclagem e da Metáfora Conceptuais (FAUCONNIER; TURNER, 2002; LAKOFF; JOHNSON, 2002[1980]), nos conceitos de metáfora monomodal e multimodal (FORCEVILLE, 2006, 2008), na Semântica de Frames (FILLMORE, 1982) e em um de seus desdobramentos, a noção de conflito de frames (LAKOFF, 2006). As charges selecionadas foram coletadas por meio da ferramenta Google Imagens, a partir da busca por textos multimodais, compostos por texto verbal e imagem, utilizando-se a expressão “charges reforma trabalhista”. Os resultados da análise apontam as seguintes estruturas e processos conceptuais recorrentes na conceptualização da reforma trabalhista acionados a partir das charges: (i) frames: REFORMA TRABALHISTA, MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA, NEOLIBERALISMO, IDEIAS SOCIALISTAS, SOFRIMENTO, TORTURA; (ii) esquemas imagéticos FORÇA/RESTRIÇÃO, EXISTÊNCIA/REMOÇÃO, ESPAÇO/CIMA-BAIXO; (iii) relações vitais: ANALOGIA, DESANALOGIA, TEMPO, PAPEL-VALOR, CAUSA-EFEITO, REPRESENTAÇÃO, a partir dos quais a reforma trabalhista é conceptualizada metaforicamente como ESCRAVIDÃO, DESCARTE DE DIREITOS/TRITURAÇÃO, PREDAÇÃO, DESAMPARO/DESCONFORTO, DEGRADAÇÃO/MORTE. A partir da análise também foi possível descrever o MCI de trabalho subjacente à construção de sentidos ativados pelas charges