Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Sá-Guimarães, Givago da Encarnação |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/31551
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Resumo: |
Os museus surgiram na Grécia antiga como Templo das Musas e desde então assumiram diversos formatos, mas sempre esteve ligado à ideia de que são um espaço relacionado ao conhecimento, onde é produzido e compartilhado. Atualmente existem diversas tipologias de museu, entre elas há a do museu de ciência cuja associação com a ideia de espaço de educação é inevitável devido à sua proposta de tornar acessível os conhecimentos científicos já produzidos, o que torna a função comunicativa dos museus de ciência mais evidente do que em outras tipologias. Os museus científicos são marcados por expor a ciência ao público de modo a permitir que se tenha conhecimento sobre todas as descobertas e pesquisas existentes, além de explicar fenômenos científicos. Devido ao surgimento e rápida propagação do vírus SARS-COV-2 que causa a COVID-19, instaurou-se o cenário da pandemia que levou ao fechamento de todos os estabelecimentos que não exercessem atividades essenciais, entre eles os museus, e o isolamento social. Sem poder receber visitas, houve migração dos museus para a internet, em especial as redes sociais, como forma de se manter em contato com seu público, e para alcançar os objetivos institucionais foram desenvolvidas estratégias para criação de conteúdo. Os museus de ciência intensificaram uso do Instagram como ferramenta de divulgação científica, estratégia fundamental para auxiliar a população como um todo a ter informações confiáveis em momento tão delicado. O turismo vem se apropriando cada vez mais dos museus enquanto atrativos culturais a medida em que os incorpora em sua oferta turística, o que aumenta o número de visitas espontâneas aos museus pela presença de turistas. E com o fechamento das portas dos museus, a comunicação por meio do Instagram se mostrou uma ferramenta que atende não só a comunidade de visitantes frequentes da instituição, mas também de turistas enquanto público cativado ou potencial. E por comunicar a ciência, é preciso que os museus de ciência tenham cuidados ao criar o conteúdo disponibilizado nas redes sociais para que a informação possa ser compreendida e apreendida por si só por um público heterogêneo. Dilema que dá origem à questão problema: Até que ponto os museus de ciência vêm se relacionando e conseguem efetivamente traduzir do conhecimento científico para o público turístico leigo através de seus perfis no Instagram durante a pandemia causada pelo COVID-19? Questão que se busca responder através de metodologia ancorada em levantamento bibliográfico para construção de referencial teórico, observação das publicações permanentes com imagem estática que comunicam a ciência nos perfis do Museu de Microbiologia e Museu de Astronomia e Ciências Afins, posterior catalogação das publicações e seleção de amostra de análise ancorada no método da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso de Patrick Charaudeau e da Teoria Semiótica de Análise da Imagem, com objetivo de apurar se a divulgação científica foi eficiente. O resultado das análises foi relacionado com os conceitos de identidade, hospitalidade e capital cultural de Pierre Bourdieu. Ao final foi observado que o Museu de Microbiologia consegue comunicar a ciência de modo eficaz ao público leigo, enquanto o Museu de Astronomia e Ciências Afins não obteve êxito na maior parte das publicações analisadas, o que indica a necessidade de rever as maneiras que as publicações de divulgação científicas são elaboradas pela instituição. |