Turismo e hospitalidade em tempos líquidos: reflexões sobre Ubatuba "a capital do surf/ acolhedora por natureza" e o Museu Histórico Washington de Oliveira
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/10909 http://dx.doi.org/10.22409/PPGTUR.2018.m.08261389774 |
Resumo: | O presente trabalho propõe trazer à reflexão um tema atual, relacionado às fragilidades das relações sociais contemporâneas. Relações estas que possuem, como pano de fundo, um “mundo líquido moderno”, em que a vida se configura em rede, permitindo “conectar-se ou desconectar-se”, à medida que há (ou não) interesse em criar e manter vínculos. O imediatismo e a fragmentação das relações culminam no “colapso do pensamento, do planejamento e da ação a longo prazo”, como afirma Zygmunt Bauman. A instantaneidade das relações, bem como a fragilidade dos laços sociais são características destes tempos. A vida em rede, em contraposição à vida em comunidade, torna possível ao indivíduo transitar entre essas possibilidades. Instabilidade, insegurança e incerteza: talvez sejam estas as palavras que melhor definem a atual fase da modernidade, os chamados tempos líquidos. Apoiada nessa perspectiva, a hospitalidade foi analisada como caminho de resistência e contracultura, em meio às fragilidades das relações sociais contemporâneas. Como objeto de pesquisa, foi escolhida Ubatuba, cidade do litoral norte de São Paulo, que tem no turismo sua principal fonte de renda e na qual se encontra o Museu Histórico Washington de Oliveira. Passei a questionar-me até que ponto a “capital do surf, acolhedora por natureza” e o Museu Histórico seriam espaços de encontro, proximidade e hospitalidade, contrariando as características da sociedade líquida moderna. Sendo o turismo um fenômeno sociocultural, e uma vez analisados se a cidade é acolhedora e o Museu Histórico, um lugar de hospitalidade, seria possível interpretar a hospitalidade local como um ato de resistência e contracultura em tempos líquidos? Esta dissertação, cuja metodologia se apoia em pesquisa de base etnográfica, tem o propósito de criar diálogos entre a teoria de Zygmunt Bauman (1925-2017) e as experiências de campo, voltados para o desenvolvimento dos estudos em hospitalidade e museus |