Enfrentamento e defesa na pandemia de COVID-19 no turismo brasileiro: a perspectiva dos problemas perversos sob a ótica das metáforas
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceara
Centro de Estudos Sociais Aplicados Brasil Programa de Pós-Graduação em Administração |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://deposita.ibict.br/handle/deposita/673 |
Resumo: | Essa tese aborda o enfrentamento e a defesa do turismo brasileiro em relação ao fenômeno da pandemia de COVID-19, enquanto um problema perverso e sob a ótica das metáforas. Em várias economias, o setor de turismo é a principal fonte de captação de recursos, produzindo riqueza, gerando empregos e reconfigurando a realidade onde se desenvolve, porém, com a pandemia, o setor vem travando uma batalha em diversas frentes. O objetivo geral desta pesquisa foi identificar que estratégias de enfrentamento e mecanismos de defesa foram utilizados pelos agentes da cadeia produtiva do turismo brasileiro para reagir às consequências da pandemia de COVID-19. Para isso, foi conduzida uma pesquisa de cunho qualitativo com aplicação de dez entrevistas em profundidade em agentes do setor, entre guias turísticos, proprietários de hotéis e agências de viagem, um instrutor de kitesurf e uma consultora nacional de hotelaria. Os dados foram analisados triangularmente, combinando Análise de Conteúdo, Análise Léxica no software Iramuteq® e Análise de Unidades de Sentido no software Atlas.Ti®. Os resultados apontam que foram as capacidades dinâmicas de sensing e seizing, o uso de estratégias colaborativas e o desenvolvimento de resiliência como mecanismo de defesa, que ajudaram os agentes a reagir às consequências da pandemia de COVID-19, classificada como um problema perverso, por sua complexidade, geração de caos e soluções falhas. Metaforicamente, na visão dos agentes, houve variações no enfrentamento ao problema perverso: para autoridades, governos e políticos, a pandemia era perceptível, porém, foi ignorada (Rinoceronte Cinza) ou minimizada (Elefante Negro); já para os profissionais do setor, ela chegou como algo raro, inesperado e, até o momento, inexplicável (Cisne Negro). A intersecção do tripé da pesquisa – problemas perversos, enfrentamento e defesa e metáforas – deu origem ao Prisma do Fenômeno, um polígono formado por dez faces, classificadas de acordo com sua intensidade e força, que permite uma visão holística sobre o que foi a pandemia dentro da realidade vivida pelo turismo no Brasil, onde o maior dos impactos relatados para o setor foi a maneira abrupta e rápida com que as atividades foram paralisadas, o que gerou rapidamente a perda de receitas e muito prejuízo, Em resumo, conclui-se que o setor sofreu diretamente os impactos de um fenômeno raro e desconhecido, em diferentes intensidades, reagindo a ele dentro de suas possibilidades e considerando as particularidades de cada área de atuação. Como principais implicações gerenciais, conclui-se que os impactos de um problema perverso – por sua complexidade, geração de caos, soluções falhas e uso de informações conflitantes e confusas – podem ser atenuados por autoridades públicas e privadas, com o fortalecimento da cadeia produtiva nos momentos de crise, principalmente, no que diz respeito à adaptação de pessoas e organizações às mudanças, sendo necessário o desenvolvimento constante de capacidades dinâmicas internas e externas e o uso de práticas de estratégias genéricas, principalmente, as de cunho colaborativo. |