As debilidades da Marinha de Guerra Moçambicana e o problema da insegurança marítima no Canal de Moçambique

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Chingotuane, Énio Viegas Filipe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26055
Resumo: A emergência de novas ameaças marítimas nas últimas duas décadas estimulou o engajamento de vários Estados no fortalecimento das suas marinhas de guerra a fim de garantirem a segurança marítima nos seus domínios marítimos. Para além de garantirem a segurança de seus domínios, várias potências vêm se engajando para garantir a segurança marítima em espaços considerados 'desgovernados'. Alguns Estados costeiros fracos como Moçambique, que não incrementam o seu poder naval, optam por aceitar a cooperação de Estados mais capazes para a defesa de seus domínios marítimos delegando funções de patrulhamento a essas potências. Visando compreender esta postura do Estado, a presente dissertação tem como objetivo principal, analisar as debilidades da Marinha de Guerra de Moçambique (MGM) e as suas dificuldades em responder ao crescente nível de insegurança marítima no Canal de Moçambique. Neste sentido, o trabalho orientou-se para uma análise da dependência de Exércitos auxiliares e procurou apresentar os riscos que os Estados enfrentam ao depender destas armas. Para sustentar nossos argumentos, fez-se uso das teorias realista e neorrealista que advogam a autoajuda como princípio norteador da segurança do Estado. A pesquisa buscou também, compreender as razões que conduziram ao enfraquecimento da MGM e os motivos do fraco investimento neste ramo das Forças Armadas. O trabalho parte do pressuposto que a ausência de um discurso de securitização das ameaças marítimas impede o investimento na Marinha de Guerra.