A arte contemporânea e as formas do passado: o Comum e o próprio nas ditaduras do Cone Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Miranda, Gabriel Fernandes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30464
Resumo: Esta tese pretende pensar as formas diversas de relação com o passado em obras de arte latino-americanas contemporâneas a partir da moldura conceitual e teórica do Comum. A partir de um desvio proposto da matriz ontológica do pensamento da comunidade à matriz política das teorias do Comum, o trabalho busca estabelecer uma leitura de práticas artísticas das últimas décadas do Cone Sul, pensando-as a partir de uma possível convergência entre essas e a circulação do Comum como vocábulo que sintetiza uma crítica da propriedade. Os romances Jamais o Fogo Nunca (2007), da chilena Diamela Eltit, El Espíritu de mis padres sigue subiendo em la lluvia (2011), do argentino Patricio Pron, História Natural da Ditadura (2006), de Teixeira Coelho, e A Resistência (2015), do brasileiro Julián Fuks, os filmes-ensaio ou documentários No Intenso Agora (2017), dirigido por João Moreira Salles, El Botón de Nácar (2015), do diretor chileno Patrício Guzmán, assim como Torre das Donzelas (2018), de Susanna Lira, e a série de fotografias Ausencias, (2005-2016) do fotógrafo argentino Gustavo Germano são articulados tanto pela contemporaneidade, quanto pelas proximidades formais os atravessam. O trabalho investiga os modos de aparição do passado ditatorial no contemporâneo e busca políticas da forma e formas da política nos objetos em questão. Esses, por sua vez, suscitam explorações relacionadas a conceitos que sugerem múltiplos modos do Comum. Argumenta-se que estas práticas artísticas produzem efeitos como entre a transferência de perspectiva, a destituição imaginária, o ponto de vista feminista e o modelo organizacional do ensaio como alternativas ao cercamento proprietário do passado. Elas permitem pensar, portanto, os encontros da teoria política, da teoria literária e das teorias da montagem.