Nos fios da memória latino-americana : narrativas da pós-ditadura na Argentina, no Brasil e no Chile
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39381 |
Resumo: | As literaturas latino-americanas cultivam no contemporâneo, pós-ditatorial, memórias do passado recente, em uma construção de sentidos sobre o traumatismo coletivo das ditaduras (RICOEUR, 2007). Nesta tese, analisam-se narrativas contemporâneas da Argentina, do Brasil e do Chile a partir de autores da geração dos filhos, ou segunda geração, para examinar como aqueles que ou eram crianças ou nem eram nascidos no período ditatorial lidam com as dores e os vazios ocasionados pelo terrorismo de Estado, a partir, sobretudo, da pós-memória (HIRSCH, 2015) e da memória cultural (ASSMANN, 2011). A estrutura da tese está dividida em capítulos autônomos que se interligam e complementam. Na introdução, apresento as bases teóricas e particularidades do processo de pesquisa. Depois, há três capítulos para cada literatura nacional com apreciação específica, em que se analisam as seguintes obras: Los Topos (2008), de Félix Bruzzone; Soy un bravo piloto de la nueva China (2015), de Ernesto Semán; Azul Corvo (2014), de Adriana Lisboa; Ainda estou aqui (2015), de Marcelo Rubens Paiva; La dimensión desconocida (2018), de Nona Fernández; e Formas de volver a casa (2011), de Alejandro Zambra. Na sequência, há um capítulo sobre espaços de memória e artes visuais no que concerne aos trabalhos da memória (JELIN, 2002), no qual teço apreciações sobre vários artistas, destaco: Lucila Quieto, com Arqueología de la Ausencia (1999-2001), e Alfredo Jaar, com Geometría de la conciencia (2010). E concluo com algumas considerações comparativas entre os três países que integram a análise. O estudo conta, ainda, com material complementar composto pelas quarenta narrativas lidas durante o doutorado e algumas obras do audiovisual que suplementaram o aporte literário e teórico. Através da pesquisa, constata- -se como a literatura representa, junto a outros artefatos culturais, um meio de memória simbólico e efetivo da transmissão multi, inter e transgeracional, como a segunda geração elabora novas perguntas e novas hipóteses interpretativas a partir da experiência de filhos, em um constante exercício de impedir o esquecimento, no dever de memória que possibilita uma construção de trabalhos da memória, de forma complexa e crítica. |