Resposta cardíaca e de condutância da pele para estímulos de ameaça: o papel crítico do direcionamento do estímulo sobre as respostas defensivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Xavier, Mariana de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28602
Resumo: Objetivo: Este trabalho investigou o padrão de reatividade cardíaca e as respostas de condutância da pele frente a visualização de imagens de violência urbana e como este padrão pode ser modulado pelo “direcionamento” destes estímulos representativos de ameaça. Metodologia: Participaram do experimento 176 estudantes da Universidade Federal Fluminense. Após aplicação dos critérios de exclusão, a amostra final foi de 135 estudantes (96 mulheres; idade média de 20,73 anos DP = 4,40). Foram apresentadas 16 fotos emocionais de cada categoria (violência direcionada e violência não-direcionada) e 16 fotos neutras pareadas com cada categoria emocional. Cada bloco foi composto por imagens de uma única categoria, apresentadas em ordem aleatória. A ordem de apresentação dos blocos foi pseudo-randomizada, havendo 4 sequências. Cada figura foi apresentada por 6 s, com intervalo de 6 a 8 s entre as imagens. A frequência cardíaca a cada segundo durante a visualização das imagens foi subtraída da obtida 1s antes da visualização de cada imagem. As respostas de condutância da pele com amplitudes maiores que 0,02 μs em uma janela temporal de 1 a 3 s a partir do início de cada imagem foram analisadas. Por fim, a soma do número de respostas de condutância foi calculado para cada condição. Resultados: Os resultados mostraram que as imagens de violência direcionada provocaram bradicardia e aumento no número de respostas de condutância da pele em comparação às neutras pareadas. Já as imagens de violência não-direcionada não diferiram de suas neutras pareadas em nenhuma das medidas fisiológicas. Conclusões: Os resultados deste trabalho sugerem que variar o direcionamento da ameaça nos contextos ameaçadores foi eficaz em evocar diferentes respostas fisiológicas e defensivas nos participantes. No contexto direcionado houve uma co-ativação do sistema nervoso autônomo simpático (aumento da sudorese) e parassimpático (bradicardia), sugerindo uma preparação implícita para ação, possivelmente relacionado ao estado de imobilidade pré-ataque.