Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Faria, Diana Reis Garcia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/35951
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Resumo: |
A pandemia de COVID-19 evidenciou uma maior vulnerabilidade de pessoas com deficiência (PCD), incluindo o acesso restrito a serviços de saúde. Diante disso, determinadas estratégias foram utilizadas para assegurar o acesso à atenção à saúde de forma segura e resolutiva, dentre as quais a abordagem centrada na pessoa (ACP) e o uso de Telessaúde para contato remoto, tornando-se desta maneira, alternativas promissoras para possibilitar assistência e acolhimento para PCD, pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) ou com doenças sistêmicas. Sendo assim, esta dissertação tem como objetivo analisar os efeitos da pandemia de COVID-19 na saúde bucal de PCD, pessoas com TEA ou com doenças sistêmicas. Foram produzidos dois artigos a partir de dados de um estudo transversal com 220 pessoas, usuárias da Clínica Odontológica do Instituto de Saúde de Nova Friburgo-RJ (ISNF)/UFF, no qual as informações foram coletadas por entrevista de forma remota contendo perguntas sobre o contexto de vida, sobre a saúde bucal e sobre a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB), através do OHIP-14 (Oral Health Impact Profile). No artigo 1, buscou-se identificar as dificuldades e demandas de saúde bucal relacionadas ao período da pandemia de COVID-19 deste público-alvo, abordando a importância desta identificação no contexto das atividades de um projeto de extensão do ISNF/UFF, que solucionou as demandas encontradas, baseado em critério de risco. A análise estatística mostrou que as principais alterações na saúde bucal relatadas foram dor de dente (48,8%), alteração da cor do dente (45,3%) e fratura dentária (44,3%). Além disso, houve o relato de dificuldades para realizar a higienização e piora da saúde bucal em mais de 80% dos casos. Houve associação significativa entre as variáveis “ansiedade” e “fratura” (p=0,001) como sendo situações que afetaram a sua saúde bucal ou os seus cuidados diários com ela e, ainda, entre a variável “dor de dente” e a variável “automedicação” (p<0.001) como atitudes para a solução da dor. O artigo 2 teve como objetivo analisar as alterações na saúde bucal que influenciaram na qualidade de vida das pessoas com deficiência durante a pandemia de COVID-19. Dentre os principais resultados, a média do escore global do OHIP-14 foi de 15,58 (dp=17,81), com 67% das pessoas apresentando impacto na QVRSB. O autorrelato de dor de dente (p<0,001), sangramento (p=0,003), cárie (p<0,001), percepção de saúde bucal ruim (p<0,001) e depressão (p=0,017) foram associados à impacto na QVRSB. O cuidado remoto foi um recurso que possibilitou a promoção de saúde bucal durante a pandemia de COVID-19. Por essa via de comunicação foi possível identificar as dificuldades e demandas de saúde bucal, ofertando resoluções e suporte para os participantes do projeto de extensão. A qualidade de vida em saúde bucal foi impactada pelas alterações bucais e depressão autorrelatadas. |