Jovens e adultos na EJA e as relações sociais com a escrita: "sabendo ler e sabendo escrever, a gente ganha o mundo"?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lagares, Rosimere Pereira Manzani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15816
Resumo: Este estudo se insere na linha de pesquisa Linguagem, Cultura e Processos Formativos. Tem por objetivo principal compreender de que forma a leitura e a escrita se materializam na vida de sujeitos das Fases IV e V do ensino fundamental da Educação de Jovens e Adultos no município de Petrópolis (RJ) analisando seus enunciados. Os objetivos específicos são: a) compreender em que situações sociais as atividades de leitura e de escrita estão presentes no cotidiano desses sujeitos; e b) caracterizar os modos como abordam questões ligadas à escola e, em especial, aquelas ligadas ao processo de aprendizagem da escrita. O referencial teórico-metodológico está fundamentado na perspectiva histórico-cultural com destaque para a teoria da enunciação de Bakhtin (1997, 2006, 2011). Tendo como foco da investigação os usos e funções sociais da escrita, o estudo desenvolve-se a partir de uma abordagem qualitativa e inspira-se na concepção de entrevista compreensiva de Kaufmann (2013). A pesquisa foi organizada em dois momentos. No primeiro momento, foi realizado um ensaio investigativo com dezoito alunos entrevistados a partir de um guia de perguntas. No segundo momento, foram realizadas entrevistas com quatro alunas para o aprofundamento dos achados no ensaio. Nesse segundo momento, os enunciados das alunas foram analisados com base em quatro eixos: 1. experiências com a escrita no convívio em família; 2. experiências com a escrita em ambientes sociais específicos: doméstico, profissional, religioso e escolar; 3. usos e funções sociais peculiares da escrita; e 4. leitura para si e escrita de si para si. A partir da análise, foi possível compreender que os alunos da EJA fazem uso da leitura e da escrita no seu dia a dia de diferentes formas e que as funções sociais da escrita pouco reverberam no processo ensino-aprendizagem da escola