Empreendender para resistir: mulheres empreendedoras criativas e a fábula do empreendedorismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Prado, Sophia de Lucena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34472
Resumo: Com o objetivo de refletir sobre o empreendedorismo na forma como ele se apresenta para empreendedoras que atuam no setor criativo e de impacto social, o trabalho resgata seus discursos e experiências da autora como uma dessas mulheres que viu, na decisão de empreender, uma saída. Neste percurso, se percebe como a expansão do empreendedorismo está relacionada à difusão da ideologia neoliberal e como há uma cultura empreendedora que se expande para além dos ecossistemas empreendedores. Mergulhando nesse universo, se percebe como existe um mercado de formação que lucra a partir da venda de uma ideia de sucesso e que atinge sobretudo as mulheres, que se encontram em condições de maior vulnerabilidade no mercado de trabalho. Nesta jornada de se tornar uma empreendedora, opera uma conversão que se transforma, também, em um processo de formação de subjetividades. Ele também se revela, para essas mulheres, como uma estratégia de recusar um mercado de trabalho sexista e, ao mesmo tempo, de contribuir com a construção de um mundo mais alinhado aos seus valores. Porém, para além dos desafios comuns envolvidos na atividade, as mulheres acabam sujeitas a dificuldades específicas, como a obrigação de performar o empreendedor ideal, sempre associado à figura masculina. Contudo, ao fazerem isso, elas acabam subvertendo identidades de gênero estabilizadas e, assim, tensionando sistemas mais amplos de opressão.