Educação empreendedora: contribuições para a formação do perfil empreendedor de alunos da Enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Helcimara Affonso de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-20032020-144316/
Resumo: O empreendedorismo é um fenômeno socioeconômico que tem sido valorizado em virtude da sua influência no crescimento e desenvolvimento das nações. O sujeito desse fenômeno é o empreendedor, sujeito dotado de múltiplas características que compõem seu perfil e que atua de forma dinâmica, voltada para colher resultados, frutos de seus esforços pessoais. A educação empreendedora é, portanto, destacada como uma das formas mais eficazes de se trabalhar a cultura e formar novos profissionais, sejam eles da área de humanas, exatas ou biológicas, considerando seu perfil inovador, que busca novas formas de agir ou lidar com situações em que identifica possibilidade de melhoria. Assim, este estudo objetivou contribuir para a formação empreendedora de alunos da saúde, buscando descrever as características comportamentais empreendedoras dos alunos ingressantes e concluintes dos três cursos de enfermagem pesquisados, por meio de um instrumento de pesquisa desenvolvido por David McClelland. As análises qualitativas ocorreram por meio de análise de conteúdo, categorização e enunciação, resultantes de processo de leitura flutuante. As análises quantitativas ocorreram por meio de análises descritivas de média, mínima e máxima, desvio padrão e variância, distribuição e dispersão. Conclui-se por meio do presente estudo, que os alunos dos três cursos pesquisados possuem as dez características comportamentais empreendedoras, no entanto, as médias das pontuações ficaram em patamares entre 15 e 20 pontos numa escala de 25 pontos. As pontuações obtidas pelas médias, tanto de ingressantes como de concluintes, apresentaram níveis considerados muito baixo, baixo e mínimo satisfatório. Diante desta pontuação, recomenda-se buscar articular ações didático-pedagógicas que promovam a autonomia do discente para ações empreendedoras que resultem no seu empoderamento, no sentido de ação autônomas por parte do aluno. Como contribuição acadêmica, os resultados do presente estudo podem abrir caminhos para novas pesquisas relacionadas ao conhecimento empreendedor e experiência prévia, diante de ações que envolvam a educação empreendedora, visto que aponta ligação entre o ensino do empreendedorismo e as habilidades desenvolvidas na educação superior. Como contribuição prática, os resultados revelam possíveis direções para o estímulo do empreendedorismo, tendo em vista o consenso de que os empreendedores não necessariamente nascem empreendedores, mas se desenvolvem ao longo do tempo. Para isso, reforça-se a necessidade de incluir a educação empreendedora como pauta no ensino superior, sugerindo-a como mínima junto aos currículos dos diferentes cursos de graduação, para que seu conteúdo alcance o estudante por meio de inserções teóricas e experiências práticas, preparando-os para os desafios que irão enfrentar na profissão.