Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Breno Quinhões Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/35736
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Resumo: |
A Enseada de Paraty-Mirim (Paraty, RJ) é um ambiente costeiro semiaberto, ainda pouco estudada e bastante preservada quando comparada a outros sistemas costeiros do Estado do Rio de Janeiro, por ser uma área de acesso restrito. Considerando que áreas como essa são excelentes para compreender um histórico natural da geoquímica sedimentar, o presente estudo quantificou e qualificou a composição sedimentar da enseada, a partir da análise de sedimentos superficiais e de um testemunho curto (87 cm). As concentrações de metais na enseada se encontram com valores médios ou abaixo, quando comparados aos demais estuários da região, possuindo concentrações máximas relativamente baixas dentro da Baía da Ilha Grande. Tanto no testemunho, quanto nos sedimentos superficiais a granulometria predominante foi fina com maior porcentagem de silte. A distribuição da concentração de alguns metais no testemunho teve um perfil sedimentar com aumento em algumas camadas caracterizando períodos mais chuvosos (Al, Co, Fe e Zn) e outros tiveram um crescimento ou decrescimento da base até o topo do perfil (P, Mn, V e Cr). Ainda no testemunho, a distribuição isotópica de δ13C e δ15N corroborou com estudos da área, como o de Teixeira (2009), e o percentual de matéria orgânica demonstrou um comportamento crescente da base até o topo do testemunho. Com as correlações e análises de PCA foi possível entender a deposição e origem dos metais temporalmente e espacialmente. Os valores de “background” foram estabelecidos a partir de um testemunho mais longo (490 cm) e possibilitaram o cálculo de fatores de enriquecimento que determinaram a falta de enriquecimento da enseada de Paraty-Mirim e junto com o índice mERMq demonstrou, também, baixo risco ecotoxicológico local, corroborado com concentrações abaixo das diretrizes de qualidade sedimentar e dos critérios legais (Resolução CONAMA 454). A datação por 210Pb no testemunho curto permitiu determinar uma idade de até 300 anos e com um aumento da taxa de sedimentação desde a década de 70 relacionado à construção da rodovia Rio-Santos. Esse aumento proporcionou um aumento no fluxo de metais a partir dessa época, resultando num aporte maior de metais dentro da enseada, mesmo sendo um local mais restrito e preservado. As análises avaliaram a enseada de Paraty-Mirim como uma possível área controle para o litoral do Rio de Janeiro. |