“Abelha no mel”: uma análise cognitivo-discursiva de metáforas de animais na construção idiomática (subs. animal) + (esp.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Azevedo, Leandro Leiroz Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22846
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo investigar uma construção idiomática metafórica, estruturada por um sintagma nominal formado por um substantivo que designa um animal, seguido de uma especificação. A construção pode ser representada pelo esquema SN = (Subs. animal) + (Esp.), que estrutura um grande número de expressões linguísticas metafóricas como, por exemplo, “abelha no mel”, “bode expiatório” e “pinto no lixo”. O estudo tem como fundamentação teórica a Teoria da Metáfora Conceptual (TMC), proposta por Lakoff e Johnson (1980), e a Semântica de Frames (FILLMORE, 2006), ambas articuladas a conceitos da Linguística de Corpus, como chunks e collocations. Observou-se que as metáforas formadas por expressões contendo nomes de animais são licenciadas pela metáfora conceptual SER HUMANO É ANIMAL, em que o domínio-alvo é um indivíduo da espécie humana, e o domínio-fonte é um animal ou qualquer palavra associada ao reino animal. A metodologia adotada seguiu procedimentos semelhantes àqueles da linguística de corpus, sendo organizada em sete etapas: 1) levantamento de expressões por meio de formulário; 2) verificação da frequência das expressões com base em ocorrências na internet; 3) verificação da convencionalidade e da metaforicidade das expressões por meio de formulário; 4) verificação de registro das expressões em dicionários; 5) coleta de corpus autêntico; 6) verificação da proporção entre ocorrências metafóricas e literais por amostragem; 7) análise dos dados. Concluiu-se que: a) parte das expressões analisadas ativa frames dinâmicos (cenas); outra ativa frames predicadores, ou de especificações de animais; e a terceira seria híbrida, uma vez que ativaria um ou outro frame, dependendo do contexto em que ocorre; b) a conceptualização dos termos com animais, presentes nas expressões, nem sempre cumpre um papel relevante em sua compreensão, o que aponta para o fato de que cada expressão, como é o caso da maior parte dos chunks, funciona como uma unidade, e não como uma mera soma das palavras que a compõem