Imagens da cidade e geopoética (pelo direito de sonhar a cidade)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Crapez, Pierre Georges Gabriel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24022
Resumo: Denunciando a fragmentação da Imagem do Mundo pela herança metafísica que separou o homem da natureza e com a ciência subjugou a sensibilidade pela técnica, o presente trabalho visa reafirmar o papel da imaginação poética na construção de uma imagem viva da cidade. A imagem primordial da cidade nascida outrora de uma cosmovisão acabou sendo ao longo da história geometrizada pela razão e produção industrial, transformando-se na cidade-máquina destruidora do ambiente e da sociabilidade. Buscando reinventar-se, ela é hoje novamente dividida entre o modelo naturalista e progressista reproduzindo a velha docotomia. Por isso sustentamos nesta tese que para se reconectar com a vida, devolvendo lhe sentido, é preciso adotar uma nova imagem de mundo (Ecúmeno), assim designado por Augustin Berque como a relação ao mesmo tempo sensível e concreta, símbolica e técnica do homem com o meio, capaz de promouvoir sentimentos de pertencimento e uma qualidade poetica do habitar na cidade. Redimida pela fenomenologia da imaginação criadora de Bachelard e pela geografia humanista, o espaço reencontra hoje uma ontologia e vitalidade primordial, permitindo tecer laços íntimos com os lugares, suas matrizes cósmicas. Mostramos aqui que a arte contemporânea com suas diversas modalidades expressivas e novos regimes de fruição e visibilidade, contribuam na reinvenção do futuro da cidade, promovendo novos modos de sociabilidade e fortalecendo uma arquitessitura afetiva, cósmica e técnica que lhe dá sentido, apropriada a nova conciência planetária voltada para a sustentabilidade. Com a cidade de Nice (França) exemplificamos um tipo de intervenção urbana que fortaleceu os lugares com obras de artes públicas, e cujas geopoéticas restabelecem um helo da cidade com sua matriz paisagística, dando lhe sentido. Conciliando em sua tradição, razão e sensibilidade, passado e futuro,natureza e progresso, local e global, Nice persegue o eixo ascensional da imaginaçao poética inspirada pela paisagem em direção a uma feliz-cidade, uma felicidade com uma fisionomia humano e um horizonte terrestre.