Escritas de um "Eu" em trânsito: deslocamentos e identidades na Literatura Contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Anderson Guerreiro dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27519
Resumo: A presente pesquisa parte das relações entre escrita de si, literatura e mobilidades, com isso, nosso foco são as “narrativas em trânsito” ou “narrativas de deslocamentos”. Interessa-nos, nesses textos, analisar a condição das narradoras como sujeitos migrantes e as tensões ocasionadas pelo fenômeno do deslocamento. A partir do conceito de “pluripertencimento”, “transculturação”, “hibridismo”, analisaremos ainda como as identidades desses sujeitos se abrem aos diálogos proporcionados pelos intensos deslocamentos das personagens. Além disso, pretendemos examinar como essas narrativas e autoras se apresentam frente às escritas de si (sobretudo da autoficção), no contexto da literatura contemporânea e como se valem dessas escritas para abordar tais condições. Para tanto, nosso corpus de análise é composto por três romances: Algum Lugar, de Paloma Vidal; La tierra empezaba a arder: último regresso a Siria, de Cynthia Edul, e Tornar-se Palestina, de Lina Meruane. Nossa hipótese é que a condição de deslocado produz uma tensão no sujeito, numa tentativa de integração na cultura de chegada, assim como uma hibridização e fragmentação em suas identidades. Por se tratar de escritas de si, escritora e narradora de cada romance se envolvem numa tentativa de demonstrar essa condição de sujeito deslocado estando entre territórios, línguas e culturas distintas.