Incidência de casos de dengue no estado do Rio de Janeiro: análise da correlação dos casos confirmados com variáveis socioeconômicas para o período 2007-2017

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Lucas da Conceição dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27848
Resumo: A dengue é uma doença febril transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, podendo se manifestar na forma hemorrágica e clássica. Sua prevalência se dá em climas tropicais, geralmente em países em desenvolvimento, cujas condições ambientais e sociais são favoráveis ao vetor. Atualmente, é uma das arboviroses com maior impacto mundial, sendo considerado um grande problema de saúde pública no Brasil, assim como em outros países Sul-americanos, nos quais há surtos recorrentes de casos de dengue. É sabido que, para elaboração de estratégias eficazes no combate à dengue, são necessárias análises aprofundadas dos amplos aspectos que impactam essa patologia, os quais perpassam as esferas ambientais e sociais. Sob essa perspectiva, verificou-se a relevância da presente pesquisa, que objetivou avaliar a correlação de casos de dengue com variáveis socioeconômicas no Estado do Rio de Janeiro, no período de 2007 a 2017. Para tanto, utilizou-se como metodologia: cálculo de estatística descritiva, coeficientes de correlação de Spearman (SPSS 20,0), regressão linear múltipla (SPSS 20.0), índices de Moran Global e Local (Terra View 4.0), considerando os casos de dengue confirmados no período como variável dependente em todas essas análises. Diagnosticou-se que, no período supracitado, mais de 500 mil pessoas foram infectadas pela dengue no estado do Rio Janeiro e, independentemente do sexo, a faixa etária mais afetada foi a de 20 a 39 anos. Os custos com internação ultrapassaram 16 milhões de reais, havendo ainda o impacto econômico da perda da produtividade. O modelo de regressão linear múltipla apontou que a dengue tem correlação com a taxa de alfabetização, Índice de Gini de renda domiciliar per capita, cobertura dos agentes comunitários de saúde e percentual de domicílios com coleta de lixo. Já na análise de correlação espacial, foram constatados municípios com correlação estatisticamente significativa do tipo Baixo-Baixo, Baixo-Alto e Alto-Baixo, evidenciando as áreas mais afetadas pela doença. Assim, mesmo com a diversidade de fatores que influenciam a dengue no estado do Rio de Janeiro, através de estudos, é possível estabelecer pontos específicos e regiões que necessitam de prioridade na elaboração de políticas de combate a essa patologia.