Acórdãos, Objetos e Territórios: tráfico de drogas e associação para o tráfico nas Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Melo, Michel Cícero Magalhães de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25500
http://dx.doi.org/10.22409/PPGA.2020.m.11890052710
Resumo: O presente trabalho busca analisar trechos dos acórdãos realizados pelas Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Os acórdãos selecionados envolvem duas tipificações penais contidas na Lei n. 11.343/06 (Lei de Drogas) em seu art. 33 (tráfico de drogas) e art. 35 (associação para o tráfico). Divido este trabalho em três capítulos. O primeiro observa a ascensão dos juízes e centralidade de peças processuais para construção da narrativa que prevalecerá nos acórdãos. No segundo, alargando o enfoque analítico busco demonstrar como foi sendo pavimentada ao longo do tempo a construção da problemática ao entorno da criminalização das drogas e dos territórios periféricos. No último, os trechos reproduzidos são extratos do que as Câmaras Criminais vêm solidificando como entendimento uníssono do problema. Objetos, narrativas e a Súmula n. 70 do TJ/RJ constroem uma pena “coesa” e “harmônica”. Por fim, este trabalho se trata de um esforço na desmistificação da localidade como dominada, ou melhor, na ideia concebida pelos tribunais de território como extensão do domínio faccional. Entendimento este que permite a condenação de milhares de jovens, pretos e periféricos nos crimes de tráfico de drogas e associação pelo tráfico.