Entre agência e dominação masculina: o poder de Arsínoe II como rainha do Alto e Baixo Egito (Séc. III AEC)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Zavalis, Vinícius Moretti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28038
Resumo: Filha de Ptolomeu I e Berenice I, Arsínoe II Filadelfo (317-270 AEC) foi uma princesa macedônica, nascida no Egito, no século III, que teria se destacado exercendo funções políticas. Arsínoe teria se casado consecutivamente com Lisímaco, Ptolomeu Cerauno e Ptolomeu II, fazendo dela, enquanto esses casamentos duraram, rainha da Trácia, da Macedônia e do Egito. Depois da morte de Lisímaco e do segundo casamento, malsucedido, com Ptolomeu Cerauno, que matou dois de seus filhos, Arsínoe retornou ao Egito e se casou com Ptolomeu II, seu irmão. Em decorrência do último casamento, Arsínoe II terminou seus dias desfrutando de grande riqueza e segurança como rainha do Egito, exercendo funções políticas ao lado de Ptolomeu II. Essa posição incomum se comparada às outras rainhas helenísticas, despertou na historiografia certo interesse quanto à autoridade político-social de Arsínoe II, ora destacando o seu poder como governante, ora refutando essa hipótese, ao considerá-la só mais uma mulher real. Inserida nesse debate, a dissertação analisa a trajetória de vida de Arsínoe II e discute as possibilidades e limitações da sua agência pública e privada em meio à dominação masculina. A dissertação questiona a divisão sexual de tarefas, propondo o exercício de poder por Arsínoe, enquanto desafia as tentativas de minimizar sua importância à História de Gênero.