O impacto das doenças neurológicas, comorbidades e da multimorbidade em idosos hospitalizados
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/26665 http://dx.doi.org./10.22409/PPGMN.2020.d.08020680578 |
Resumo: | O envelhecimento global será o fenômeno socioeconômico mais significativo do século XXI. Destarte, as doenças neurológicas (DN) serão evidenciadas, pois acometem muitos idosos, e neles associam-se à incapacidade, e à morte. O objetivo desta tese de compilação de artigos foi questionar se não somente as DN, mas também suas comorbidades, e a multimorbidade (MM), acarretam um impacto deletério aos idosos hospitalizados. Métodos: Reunimos quatro artigos, elaborados especialmente para esta tese: 1- Frequências, características associadas, e o impacto das doenças neurológicas em idosos hospitalizados no Brasil: um estudo de corte transversal retrospectivo. 2- A mortalidade hospitalar entre idosos admitidos com doenças neurológicas não foi predita por nenhum diagnóstico particular, num centro médico terciário. 3- Preditores de readmissão hospitalar, e de longo tempo de internação em idosos admitidos com doenças neurológicas, em centro terciário: uma investigação no mundo real. 4- Multimorbidade, e desfechos associados entre idosos hospitalizados com doenças neurológicas. Resultados: Recrutamos 798 pacientes com idade média de 75,7 ± 9,1. Identificamos 1154 DN e 2675 comorbidades, e 39% dos pacientes tiveram mais de uma DN. O coeficiente de MM foi 92,6%. Idosos foram a maioria dos pacientes com DN, tiveram maiores percentuais de mortalidade hospitalar (MH) (p<0,0001), e longo tempo de internação (TDI) (p<0,0001), do que jovens com DN. Idosos com DN tiveram menores coeficientes de MH (p=0,01), e readmissões (p=0,001), porém maior incidência de longo TDI (p=0,001), do que idosos sem DN. A incidência de MH foi uniformemente alta entre as DN (18%IC = 15-21%), e entre as comorbidades (15-27%). A idade avançada (p<0,001), e status socioeconômico baixo (p=0,003), mas não as DN, nem suas comorbidades, foram preditores de MH. As readmissões incidiram em 252 (31%) pacientes. Não encontramos preditores para readmissões. Longo TDI aconteceu em 408 (51%IC = 48-55%) pacientes. Os preditores de longo TDI foram: baixo status socioeconômico (p=0,001), distúrbio respiratório (p<0,001), infecção (p<0,001), distúrbio geniturinário (p=0,033), e hipertensão (p=0,002). Idosos com DN tiveram uma média de 3,875 ± 1,666 doenças crônicas. Mais de 50% dos pacientes com demência, epilepsia e transtorno do movimento, tiveram 5 ou mais doenças crônicas. Seguiram-se pacientes com doença cerebrovascular, e neuromuscular, principalmente neuropatia diabética. A MM foi associada a readmissão e longo TDI. Conclusões: Nossos estudos confirmaram que as DN, suas comorbidades, a multimorbidade, e o baixo nível socioeconômico, causam grande impacto em idosos hospitalizados com DN. Nesta tese, sugerimos processos para mitigar os desfechos relacionados a essas variáveis independentes, nessa população. |