A apropriação do currículo mínimo por professores de biologia da Rede Estadual do Rio de Janeiro: reflexões sobre uma política de currículo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dias, Bruna Giovanelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15675
Resumo: O presente estudo tem como objeto de pesquisa o documento Currículo Mínimo de Ciências e Biologia e sujeitos professores de biologia da rede estadual do Rio de Janeiro. Este trabalho de dissertação teve como objetivo geral de pesquisa compreender como os professores de Biologia do Rio de Janeiro tem se apropriado do Currículo Mínimo, e do aglomerado de políticas que a ele se relaciona, e como (e se) tem afetado a forma como os professores se compreendem na profissão. Metodologia e conteúdo: Para tanto, apresento uma pesquisa qualitativa que usa de duas abordagens metodológicas para recolher informações: Análise documental, investigando os sentidos de professor que povoam o documento do Currículo Mínimo de Biologia do Estado do Rio de Janeiro, e Análise de Depoimentos a partir de entrevistas semiestruturadas com três professores de Biologia da rede estadual procurando por discurso de identidade do profissional construídos pelos docentes para contrasta-los com os defendidos no documento. Trabalhos realizados por Stephen Ball, Michael Apple, Thomas S. Popkewitz e Diane Ravitch (2011) apontam para uma recaracterização de políticas de estado locais a partir de tendências internacionais. Para Ball, esta tendência é marcada pela presença de tecnologias políticas (forma de mercado, gerencialismo e performatividade) que procuram estabelecer valores empresariais dentro do setor público mudando o modo de trabalho e refletindo na forma como o profissional compreender seu trabalho e os parâmetros que o valoram profissionalmente. Pensando no campo da educação, compreendo o Currículo Mínimo do Estado do Rio de Janeiro como exemplo próximo de uma política que apresenta as tendências estabelecidas pelo autor, à medida que incorpora mecanismos de controle da ação docente, como o Sistema Conexão, e discursos meritórios como o Programa de Bonificação por Resultados da SEEDUC-RJ, e por isso passível de investigação. Conclusão: Ao finalizar as análises destaca-se na fala dos professores uma dicotomia entre as ações políticas e a forma como compreender o Currículo Mínimo, no entanto, estabelece-se uma resistência ao prescrito na medida em que há um reconhecimento da experiência pessoal como norteadora das ações docentes e que esta os permite colocar em cheque as prescrições externas sobre o trabalho pedagógico, configurando a sala de aula como um ambiente de disputa entre o prescrito e o saber docente