Implementação de antigenemia pp65: ferramenta para análise do impacto da infecção/doença por citomegalovírus em pacientes submetidos ao transplante renal no Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Fluminense
Niterói |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/7895 |
Resumo: | O citomegalovírus humano (HCMV) é uma das principais causas de morbidade em pacientes transplantados renais. Com o intuito de evitar complicações relacionadas à infecção por este patógeno, várias estratégias têm sido adotadas de acordo com o grau de risco para infecções. Pacientes considerados de alto risco são submetidos à terapia profilática, na qual medicamentos antivirais são administrados por um período de três meses e ajustados de acordo com a função renal e com o decaimento da dose pelo período de tratamento. Em contrapartida, pacientes considerados de baixo risco são rastreados para detecção da replicação viral e, só assim, iniciam a medicação antiviral, o que auxilia na tomada de decisão clínica. Portanto, fica claro que a infecção por HCMV é um desafio em transplante renal, tanto pela falta de uma abordagem terapêutica eficaz, quanto pela complexidade e variação metodológica no monitoramento da infecção. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo estudar a replicação viral do HCMV e a resposta sorológica nos primeiros meses pós-transplante renal, nos pacientes submetidos à profilaxia universal ou a terapia preemptiva, correlacionando os resultados encontrados com o curso clínico da infecção pelo HCMV. Para tal, foi realizado um estudo observacional, prospectivo e longitudinal com 32 pacientes sob profilaxia universal ou terapia preemptiva com ganciclovir intravenoso, acompanhados a partir do dia do transplante renal e semanalmente durante os três primeiros meses. A detecção da replicação viral foi realizada através do ensaio de antigenemia pp65 concomitantemente com a resposta sorológica para HCMV, mensurada pelo ensaio de quimioluminescência. Em ambos os esquemas terapêuticos, o cut-off para início do tratamento foi de 10 células positivas/ 2x105 leucócitos. Cinquenta por cento dos pacientes rastreados apresentaram positividade para antigenemia pp65, com taxas de incidência similares entre cada grupo terapêutico, não havendo resultado positivo no primeiro mês de rastreamento. A máxima frequência de positividade foi encontrada na oitava semana pós-transplante. De forma interessante, o grupo profilaxia universal apresentou frequência de positividade precoce e maior gravidade da doença causada pelo HCMV se comparado ao grupo terapia preemptiva. Quando analisamos a resposta sorológica em ambos os grupos, observamos que, mesmo quando a doença se apresenta de forma grave, a resposta sorológica se mantém similiar entre os grupos, sugerindo que o perfil sorológico seja útil para determinacão do grupo de risco. O presente estudo demonstra que o monitoramento durante os três primeiros meses pós-transplante teve impacto positivo na detecção precoce da replicação viral, o que acarreta na redução da morbidade, embora a presenca de um quadro clínico mais grave sugira que, na profilaxia universal, o cut-off utilizado seja inapropriado |