Profilaxia universal versus terapia preemptiva com ganciclovir endovenoso no manejo da citomegalovirose em pacientes submetidos a transplante pulmonar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Sánchez, Leticia Beatriz
Orientador(a): Moreira, José da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/171398
Resumo: Objetivo: comparar a profilaxia universal com a terapia preemptiva com ganciclovir endovenoso no manejo da citomegalovirose em pacientes transplantados de pulmão em uma coorte retrospectiva. Metodologia: de março de 1999 a dezembro de 2009 foram estudados, no Serviço de Transplante do Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, todos os pacientes submetidos a transplante pulmonar, procurando-se verificar a ocorrência de citomegalovirose relacionada ao tipo de tratamento profilático anti-viral utilizado (universal e preemptiva). Foram excluídos, em ambos os grupos, os pacientes nos quais não tivesse sido registrada a antigenemia no primeiro mês após o transplante, e os que foram a óbito dentro dos primeiros trinta dias após a cirurgia. Resultados: de 224 pacientes transplantados no período referido, 66 (29,5%) foram excluídos por óbito precoce. Os 158 pacientes que entraram no estudo tinham idade de 51±15 anos (7 anoa-71 anos), e 61,0% eram do sexo masculino; 150 (95%) receberam o órgão de doador cadavérico, e 134 (85,0%) foram submetidos a transplante unilateral. A profilaxia universal para citomegalovirus (CMV) foi realizada em 70 pacientes (44,0%) e a terapia preemptiva em 88 (56,0%). O grupo que recebeu profilaxia universal levou maior tempo para positivar o exame (p<0.001) comparado com o grupo que não a recebeu. Houve associação significativa entre profilaxia e antigenemia positiva no primeiro ano após o transplante (p=0.024). A mortalidade no primeiro e no quinto ano foi respectivamente de 20% e 50%. A sobrevida mediana do grupo com profilaxia universal foi 3.8 anos (IC95% de 2.5 a 5.0) e o grupo com terapia preemptiva de 4,3 anos (IC95% de 2.5 a 6.0), não apresentando diferença significativa. Conclusão: com base nos dados obtidos neste estudo a profilaxia universal e a terapia preemptiva demonstraram-se seguras e efetivas, entretanto os achados desta pesquisa não se demonstraram conclusivos para definir a melhor opção terapêutica.