Avaliação da qualidade de vida dos pacientes adultos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana com e sem neuropatia dolorosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pires, Karina Lebeis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
HIV
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26834
http://dx.doi.org./10.22409/PPGMN.2019.m.11395014701
Resumo: A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) vem desafiando as autoridades em saúde desde a década de 80. Após o advento da terapia antirretroviral combinada (TARVC), esta infecção deixou de ser doença que, levava ao óbito, para ser infecção crônica, com tratamento mas ainda com importantes morbidades nos pacientes. Um fator significativamente relevante de morbidade é o surgimento de neuropatia sensitiva progressiva, que pode acometer 30 a 60% dos indivíduos infectados pelo HIV. O presente estudo buscou avaliar a qualidade de vida de 64 pacientes HIV positivo, 24 com neuropatia dolorosa por critérios clínicos (grupo caso) e 40 sem neuropatia dolorosa pelos mesmos critérios (grupo controle). Para avaliação da neuropatia dolorosa foram utilizadas as escalas Leeds Assessment of Neuropathic Symptoms and Signs (LANSS), Douleur Neuropathique questions 4 (DN4) e Escala de Comprometimento Neuropático (ECN). Para avaliação da qualidade de vida foi utilizada a escala Short Form Health Survey (SF-36). Avaliou-se também o impacto de outros fatores relacionados e não relacionados ao HIV na qualidade de vida dos pacientes. No grupo com neuropatia, 54,2% eram do sexo feminino, 50 % tinha entre 40 e 49 anos, 41,7 % apresentavam escolaridade de até 5 anos, 54,2% tinha histórico de depressão, 58,4% tinha mais de 10 anos de infecção. A média da pontuação da escala DN4 neste grupo foi 5,1, 70% apresentaram pontuação moderada na ECN, a média da pontuação da escala LANSS foi 14,7, 54,2 % tinham mais de 10 anos de uso de TARVC e 37,5% mais de 3 anos de carga viral detectável. No grupo controle 55% era do sexo feminino, 70% tinham entre 31 e 49 anos, 72,5% tinha escolaridade entre 6 a 9 anos e 52,5% não relatava histórico de depressão. A qualidade de vida dos com dor neuropática foi pior em 6 dos 8 domínios da escala SF-36. O número de manifestações clínicas relacionadas ao HIV, o tempo de carga viral detectável, o tempo de infecção pelo vírus, o tempo de uso de TARVC, histórico de depressão impactaram negativamente na qualidade de vida dos pacientes.Maior contagem de CD4, maior nível de escolaridade e maior nível de renda familiar impactaram positivamente. Dentre as escalas de dor neuropática e comprometimento neuropático, a ECN foi a que apresentou maior correlação com a qualidade de vida, sendo inversamente proporcional, ou seja, quanto maior a pontuação da ECN pior o escore na maioria dos domínios da escala SF-36.