Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Travassos, Juliana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/25507
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Resumo: |
Este trabalho tem o objetivo de revisitar a discussão sobre o hibridismo das artes contemporâneas e sua relação com a arte moderna, dando ênfase à poesia. Para isso, relê um conjunto de conceitos recorrentes no debate, tais como especificidade e inespecificidade, campo ampliado e expansão, intermidialidade e arte intermídia. O estudo observa no ideário que reafirma a pós-modernidade como ruptura com a modernidade uma dupla valência que, ora vai ao encontro de um ideal de inovação, onde a diferença com o passado recente é assimilada como índice de vitalidade e, consequentemente, de valor e qualidade dessa arte; ora identifica tal ruptura como sinal de falência das potências modernas na arte contemporânea. Entendendo que um discurso do “fim da arte”, ou de sua crise – neste duplo sentido de ruptura –, corrobora, de um jeito ou outro, os interesses de um mercado das artes ou de um mercado editorial, pergunta-se quais protocolos de leitura poderiam emancipar a crítica de uma postura inocente diante desses interesses. E sugere a atenção à técnica – ao conjunto de procedimentos literários – operada por e em poemas contemporâneos como possibilidade. Nessa esteira, práticas como o endereçamento, a serialidade, a pós-produção, o diálogo com tradições mais ou menos recentes e a tensão com a prosa são revistas a partir do trabalho de Marília Garcia, em especial seu livro Um teste de resistores (2014) e o conjunto de elementos dentro e fora do livro, como o vídeo “A garota de Belfast ordena A teus pés alfabeticamente” (2013) e o ensaio “O poema no tubo de ensaio” (2015). O trabalho de Marília parece fissurar um pensamento sobre o hibridismo pautado no cruzamento ou confusão das fronteiras artísticas e na total ruptura com a tradição moderna. Nele, a investigação do conjunto de convenções que definem a poesia é, simultaneamente, retorno à poesia e reconhecimento da impossibilidade de uma definição universal e atemporal para a poesia. Observa-se em Marília, portanto, o reconhecimento de um paradoxo inerente à arte, aqui apresentado a partir da ideia de limiar de Walter Benjamin: a obra enquanto aquilo que é ao mesmo tempo rua e casa; e que se transforma quando passa sob seu próprio arco |