[pt] AMIZADE DAS FORMAS: O POEMA-ENSAIO EM MARÍLIA GARCIA
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=67462&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=67462&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.67462 |
Resumo: | [pt] Propondo uma leitura do traço ensaístico da obra da poeta brasileira Marília Garcia, esta tese apresenta uma pesquisa em torno do que nomeamos de amizade das formas entre poesia e filosofia. Marília Garcia tem produzido uma obra que pode ser considerada, em si mesma, experimental e desviante: desvia do poema ao produzir objetos discursivos prenhes de mecanismos investigativos, ao mesmo tempo que desvia do ensaio inserindo, na especulação e na teoria, procedimentos não apenas criativos, como afetivos. Constituída por três movimentos de escrita, intitulados Perguntas, Imagens e Forma, na primeira parte da tese, a centralidade é dada ao livro Um teste de resistores (2014) através da análise de seu poema de abertura, Blind light. Está em jogo, nesse movimento, deslocar os lugares tradicionalmente atribuídos ao poeta e ao filósofo na participação (ou não) na terra estranha do saber, segundo expressão de Walter Benjamin. No segundo movimento, partindo da afirmação da própria poeta de que as imagens a ajudam a pensar, centramos nossa leitura no uso das imagens técnicas em Parque das ruínas, poema-ensaio que intitula o livro homônimo de Garcia, publicado em 2018. No terceiro movimento, que versa sobre a forma do poema-ensaio, a centralidade é dada ao texto O poema no tubo de ensaio, publicado na antologia crítica Sobre poesia: outras vozes (2016) e em Parque das ruínas (2018), e à história de suas versões. Transversalmente, o trabalho dialoga com a proposição de Giorgio Agamben sobre o estabelecimento da filosofia enquanto forma de conhecimento por meio de uma relação de inimizade com a poesia. Diante desta cisão, que marca o ocidente, propomos pensar, apoiados na emergência da ideia primeiro romântica da crítica de arte e nas teorias do ensaio, uma amizade das formas entre poesia e filosofia marcadamente através do poema-ensaio como forma, sendo esse, portanto, o mote que nos impulsiona em direção à poesia de Marília Garcia. |