Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lima, Renata Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/27548
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Resumo: |
A correspondência ativa e passiva do poeta romântico Antônio Gonçalves Dias (1823- 1864) já serviu de fonte profícua para diversos estudos, especialmente biografias e crítica literária, mas raramente foi tomada como objeto de análise. Tal atitude diante do gênero textual carta reflete a leitura superficial que geralmente se faz dele, como se de mero registro do cotidiano se tratasse, sem o cuidado estético que se verifica nas obras literárias. Diante disso, a presente tese tem como objetivo examinar o epistolário gonçalvino, especialmente no seu diálogo com o melhor amigo, Alexandre Teófilo de Carvalho Leal (1822-1879), considerando o modo particular como rompe os limites corriqueiros do gênero por meio de um grande cuidado com a linguagem e da inserção de elementos próprios de outros gêneros, como o lírico, o dramático e o romanesco. Ademais, observa- se que as expansões do poeta maranhense com esse correspondente eleito indicam o desenvolvimento de uma espécie de personagem, de um perfil de poeta romântico que o autor desejava transmitir ao leitor – não só ao amigo íntimo, mas também à posteridade que o aguardava como “Primeiro Poeta do Brasil”. Nas encenações de si no palco da escrita epistolar, mesclam-se concepções de literatura, nacionalidade, política e história que colocam em jogo diversas identidades a serem relacionadas às situações de exílio vivenciadas pelo autor, bem como ao momento de consolidação da Independência. |