Entre becos e ONGs: etnografia sobre engajamento militante, favela e juventude

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Patrícia Lânes Araujo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25428
http://dx.doi.org/10.22409/PPGA.2017.d.00336795769
Resumo: Esta tese analisa práticas e trajetórias de moradores (as) do conjunto de favelas do Complexo do Alemão, localizado na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, engajados (as) de diferentes formas em ações coletivas locais. A produção de seus engajamentos militantes e a criação de diferentes formas de ações coletivas é influenciada e influencia o contexto na qual se insere. A Internet e o uso das redes sociais virtuais, bem como os diferentes investimentos públicos e privados que chegaram até o lugar nos últimos anos, a partir da entrada e consolidação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), são elementos cruciais desse contexto. Assim como o recrudescimento da violência policial no local e a intensificação da criminalização de movimentos sociais, sobretudo de setores populares. Nesse cenário, conformam-se as relações entre engajamento militante (“militância”, “ativismo” e diferentes modalidades de “ação ou trabalho social”) e as organizações não governamentais (ONGs) de dentro e de fora das favelas. Elas são atravessadas não apenas pelo compartilhamento de determinadas causas ou agendas, mas também por relações de trabalho, educacionais e pessoais. As práticas e trajetórias de engajamento militante aqui analisadas permitem perceber de que modo diferentes atores mobilizam e constroem as categorias “jovens/juventude” e “favela”, e de que modo se percebem e são percebidos através delas, considerando interseções e deslizamentos entre militância e projetos sociais. Nesse cenário, também são (re) criadas relações entre pessoas envolvidas com movimentos sociais locais e pesquisadores (as) que produzem, de diferentes maneiras, seus engajamentos militantes a partir de suas inserções de pesquisa e dos vínculos que estabelecem com o lugar e seus (suas) moradores (as).