Ocorrência, identificação de fatores presdisponentes e caracterização de Staphylococcus spp. resistentes à meticilina em cães
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/24861 http:dx.doi.org/10.22409/MPV-CV.2020.m.07276928799 |
Resumo: | Staphylococcus spp. são importantes tanto na medicina humana como na medicina veterinária. Embora possam ser encontrados na pele e mucosas de animais portadores assintomáticos, está relacionado a graves quadros de piodermite e otites em cães. A espécie que mais acomete esses animais é o Staphylococcus pseudintermedius, que também já vem sendo encontrado em infecções humanas, e em menor frequência, mas não menos importante, Staphylococcus schleiferi. Com o estreitamento do convívio entre animais e os seres humanos, sabendo do potencial zoonótico e antropozoonótico desses microrganismos e crescente aumento de bactérias multirresistentes, traz uma grande necessidade de aprofundar estudos sobre o tema e passar a ter uma nova leitura sobre a saúde animal influenciando na saúde humana (conceito One Health). Desta forma o presente estudo teve como objetivo caracterizar amostras de Staphylococcus spp. isoladas de cães com infecções tópicas bacterianas (otite e dermatite) quanto a sua distribuição de espécies, resistência aos antimicrobianos, especialmente a meticilina e alguns fatores de virulência. Com esse objetivo amostras de cem animais com dermatopatias foram coletadas com auxílio de swab estéril de lesões bacterianas de pele e conduto auditivo, possibilitando o isolamento de 350 UFC. A espécie mais isolada nos caninos foi S. pseudintermedius (72%), seguido S. scheleiferi (30%). No teste de sensibilidade aos antimicrobianos, as penicilinas, macrolídeos e quinolonas apresentaram maior percentual de resistência nos MSS. Nos MRS foram as lincosaminas, quinolonas e macrolídeos. O gene mecA foi detectado em 21,7% das amostras (31% dos cães). A presença de genes que codificam proteínas de superfície (sps) foi avaliada nos S. pseudintermedius, sendo a proteína spsA a mais encontrada em MSSP (96%) e spsR nos MRSP (95%). Dentre os possíveis fatores predisponentes correlacionados a incidência de Staphylococcus spps. resistentes à meticilina, a idade e o local onde dormem mostraram relevância estatística. A partir desses dados conclui-se que há necessidade de monitorar a resistência a meticilina nos cães, pois sua presença e risco são eminentes, ainda mais com estreitamento do convívio entre animais e seus tutores. E S. pseudintermedius, dentre os Staphylococcus, permanece sendo o mais isolado nas afecções de pele. |