A aquisição do navio-aeródromo Minas Gerais: consequência de uma disputa corporativa
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/26142 http://dx.doi.org/10.22409/PPGEST.2021.m.02799853714 |
Resumo: | No dia 13 de dezembro de 1956, dia do marinheiro, o Serviço de Relações Públicas da Marinha anunciou a aquisição, junto ao Reino Unido, do Navio-Aeródromo Ligeiro (NAeL) Minas Gerais. Logo a aquisição do navio ganhou ares de polêmica nacional, mobilizando a classe política, a imprensa e o público em geral. Nessa época, o Sistema Internacional deixava pouca margem de manobra aos Estados periféricos, em decorrência da rígida estrutura, em atendimento à lógica da Guerra Fria, imposta pelas duas superpotências de então. Não interessava aos líderes dos dois blocos em oposição a ocorrência de rivalidades regionais, sob pena de enfraquecimento de seus respectivos blocos. No contexto nacional, reinava a extrema polarização, ainda sob a influência da herança política de Getúlio Vargas, o que contribuiu para elevar a tensão e empobrecer a discussão sobre o tema. O cenário fluido em meio ao qual é formulada a estratégia naval, exige a identificação de antagonismos, sem os quais as reflexões estratégicas tornam-se difusas. Assim, com base nos objetivos estabelecidos são tomadas decisões estratégicas, sendo a compra de equipamentos militares a materialização de parte dessas decisões. Entretanto, a aquisição de determinados meios, longe de representarem a recomposição ordinária de material bélico, simbolizam uma ruptura no curso estratégico até então adotado, normalmente motivada por uma alteração de vulto na percepção de ameaça, ou na alteração dos objetivos nacionais. Podemos enquadrar o navio-aeródromo no rol desses equipamentos. Demonstrado o caráter incomum da incorporação do NAeL Minas Gerais à esquadra brasileira, esta pesquisa tem o propósito de identificar o motivo pelo qual a Marinha do Brasil decidiu adquirir esse navio. Este trabalho acadêmico defende que a Marinha decidiu adquirir o navio, no contexto de rivalidade com a Força Aérea Brasileira, a fim de retomar a Aviação Naval, que havia sido extinta em 1941, em decorrência do movimento político estratégico que culminou com a criação do Ministério da Aeronáutica, naquele ano. |