O inimigo desconsiderado: isomorfismo e dependência na construção da estratégia naval brasileira (1917-1942)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Felix, Marcelo Marcel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24778
Resumo: A história relata que, em 1917, o Brasil entrou na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), após uma série de afundamentos de navios mercantes brasileiros, realizados por submarinos alemães (U-boats). Nesse contexto, o Brasil se fez representar pela Divisão Naval em Operação de Guerra (DNOG), cuja missão era de patrulhar, buscar e destruir U-boats. Realizando um salto na linha do tempo, em 1942, o Brasil declarou guerra às nações do Eixo, tornando-se beligerante na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Interessante notar que a causa imediata da declaração de guerra foram os afundamentos de navios mercantes brasileiros realizados por U-boats, na costa marítima brasileira. Durante 4 (quatro) dias o U-507 teve total liberdade de ação para atacar, realizando o afundamento de 6 (seis) embarcações, o que resultou em 607 mortos. Percebe-se, dessa forma, a ocorrência de dois fenômenos históricos semelhante, separados por um espaço temporal de 25 anos. Nesse período, a Marinha do Brasil não conseguiu desenvolver um pensamento estratégico capaz de se contrapor à ameaça submarina. Isso posto, o objetivo da presente pesquisa é estudar os motivos da ausência de um pensamento estratégico naval, no Brasil, capaz de se contrapor à ameaça submarina alemã, no período de 1917 a 1942. As considerações finais apontam que a Marinha do Brasil sob tutela da Missão Naval Americana não desenvolveu, no período estudado, uma estratégia naval própria que fosse capaz de identificar o potencial inimigo que ameaçava a soberania nacional.