A construção do pensamento naval brasileiro : formulações político-estratégicas e desenvolvimento tecnológico (1967-2008)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pivatto Junior, Dilceu Roberto
Orientador(a): Svartman, Eduardo Munhoz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276354
Resumo: A presente tese consiste em compreender a construção do pensamento naval brasileiro em um contexto de mudanças, de regime político e modelo de desenvolvimento no Brasil e do sistema internacional bipolar para o pós-Guerra Fria, no período correspondente aos anos de 1967 a 2008. A análise do pensamento naval brasileiro nestes distintos cenários político-econômicos permitiu uma avaliação mais aprofundada sobre como e o que a Marinha brasileira produziu em termos de estratégia naval para o Brasil. Evidenciou-se neste sentido a autonomia dos militares em formular a estratégia naval brasileira não apenas durante o regime militar, mas também no processo de redemocratização do país. A estratégia naval brasileira ao ser reformulada no período analisado apresentou consideráveis mudanças de percepção, principalmente, por conta da realização de novas avaliações que indicariam uma reconfiguração do poder naval brasileiro de modo que acompanhasse as novas ameaças e mudanças do cenário internacional. Neste sentido, a teoria construtivista forneceu os componentes para a análise do pensamento naval brasileiro ao sinalizar a importância das instituições e dos indivíduos inseridos nestas instituições e que, direta ou indiretamente, conduzem os processos de criação de novas ideias. A autonomia dos militares, na formulação de seu próprio pensamento político estratégico no período, possibilitou a identificação das linhas de pensamento predominantes e que orientaram a Marinha brasileira tanto na formulação de sua estratégia quanto na definição de quais seriam os projetos navais prioritários a serem desenvolvidos. Na Marinha, percebeu-se certo dinamismo na circulação das ideias, em diferentes ambientes e de várias formas, através das instituições de ensino e formação do oficialato, bem como por meio da imprensa militar especializada. Assim, as produções ideacionais nestes diversos espaços aprofundaram e, consequentemente, tornaram mais dinâmico o processo de construção do pensamento naval. Com efeito, as ideias produzidas ampliaram as percepções em relação aos meios navais e aeronavais que deveriam ser adquiridos e/ou desenvolvidos para a configuração do poder naval brasileiro, fornecendo assim um conjunto de percepções que serviriam de subsídio nos processos de tomada de decisão interna, especialmente, por parte das autoridades da Marinha do Brasil.