Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Marques, Durval Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/8455
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Resumo: |
A plasticidade celular mediada pelos processos de transição epitélio mesenquimal (EMT) e transição mesenquimal epitelial (MET) é um indispensável recurso para diversos processos fisiológicos e patológicos, incluindo o câncer de próstata (CaP). O aumento na expressão e ativação de TGF-β promove uma resposta na plasticidade epitelial que pode seguir tanto a transição EMT quanto a MET. Alguns modelos tumorais demonstraram que a osteopontina (OPN) pode induzir alterações moleculares no programa de EMT. A diversidade funcional da OPN tem sido associada com diversas alterações pós-transcricionais, incluindo a existência de isoformas variantes de splicing (OPNa, OPNb e OPNc). No entanto, o papel da OPN e de suas variantes de splicing, em associação com o TGF-β, na plasticidade tecidual relacionada à progressão do CaP, ainda não foram investigados. Este trabalho objetivou avaliar o perfil de expressão das isoformas de splicing da OPN e o fenótipo celular gerado em resposta ao tratamento de células PC-3 com TGF-β. Além disto, avaliar possíveis associações destes perfis com a expressão de co-reguladores do splicing. Para alcançar nossos objetivos, a linhagem celular metastática de câncer de próstata PC-3, foi cultivada em condições ideais e as células foram estimuladas com TGF-β. As técnicas de qRT-PCR em tempo real, imunofluorescência, migração e viabilidade celular foram utilizadas. Observamos em nossos resultados que as células PC-3 tratadas com TGF-β apresentaram diminuição no nível de expressão de transcritos codificadores dos marcadores epiteliais (E-CADERINA, CLAUDINA-3 E CITOQUERATINA-18) e mesenquimais (N-CADERINA, VIMENTINA, SLUG, SNAIL) testados, sendo que dentre os marcadores epiteliais, somente a E-CADERINA diminui significativamente. Já no ensaio de imunofluorescência, observamos aumento na intensidade de marcação citoplasmática da CLAUDINA-3 e E-CADERINA por outro lado, houve diminuição na expressão da intensidade de marcação de VIMENTINA, além de mudança no padrão de distribuição espacial das fibras de ACTINA. As Células tratadas também apresentaram um menor potencial migratório, quando comparadas ao controle, além de aumento na sensibilidade ao fármaco citotóxico β-lapachona. Em resposta ao tratamento com TGF-β, houve diminuição significativa na expressão dos transcritos codificadores das isoformas OPNa, OPNb e OPNc, associado à diminuição na expressão na maioria dos fatores reguladores do splicing testados. Concluímos que o tratamento com TGF-β foi capaz de modular nas células PC-3 uma resposta à expressão gênica, proteica e fenotípica, fazendo com que estas células apresentem características similares ao fenótipo de EMT intermediário, predominantemente epitelial, o qual pode estar associado à aquisição de características epiteliais por células metastáticas que precisam se aderir para promover implementação em sítio tumoral secundário. Este trabalho abre perspectivas do envolvimento do papel das isoformas da OPN na plasticidade epitelial-mesenquimal em resposta ao TGF-β e na biologia tumoral do CaP |