Caracterização de biomarcadores tumorais em câncer de tireoide e de próstata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lemos, Ana Emília Goulart
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30682
Resumo: Biomarcadores são indicadores mensuráveis de processos fisiopatológicos ou de resposta a uma exposição farmacológica ou intervenção terapêutica. Os capítulos desta tese abordam os perfis de expressão e papéis funcionais de dois biomarcadores tumorais: a osteopontina (OPN) e o PCA3. A OPN é uma proteína superexpressa em diversas malignidades, incluindo o carcinoma de tireoide (CT), estando relacionada à regulação da transição epitelial-mesenquimal (EMT) e de características de células tronco tumorais (CSC). Existem cinco variantes de splicing da OPN: OPNa, b, c, 4 e 5, cujos papéis no carcinoma anaplásico da tireoide (CAT) precisam ser elucidados. O PCA3 é um RNA não codificante superexpresso no câncer de próstata (CaP), cuja contribuição na resistência e sensibilização a quimioterápicos ainda não foi descrita. Assim, objetivamos: 1) No CT, investigar o papel da OPNa na modulação de mecanismos moleculares subjacentes à plasticidade epitelial mesenquimal (EMP) e de características de CSC em células de CAT; 2) No CaP, investigar se o silenciamento do PCA3 sensibiliza as células LNCaP ao tratamento com o quimioterápico docetaxel (DXT). Com relação ao objetivo 1, avaliamos a expressão da OPNa, de marcadores de EMT e de CSC por PCR quantitativo em tempo real precedido por transcrição reversa (RT-qPCR) e Western blot, em células c643 superexpressando OPNa (c643-OPNa). Ensaios de formação de tiroesferas e seus perfis de expressão de marcadores de CSC foram avaliados. Em nível transcricional, as células c643-OPNa expressaram marcadores epiteliais e mesenquimais, e alguns marcadores de CSC, com aumento na expressão de N-caderina, SOX-2 e de LIN-28, embora sem significância estatística. Em nível proteico, estas células apresentaram tendência de aumento na expressão de N-caderina, NANOG e c-Myc, e de diminuição de vimentina. As células c643-OPNa formaram maior número de tiroesferas, as quais apresentaram tendência a expressar níveis mais elevados de SOX-2 e OCT-4 e mais reduzidos de NANOG. Com relação ao objetivo 2, avaliamos a expressão do PCA3 por RT-qPCR, a viabilidade celular por MTT e realizamos a contagem das células pelo ensaio de exclusão por azul de tripan. Os aspectos morfológicos das células foram analisados por microscopia óptica, a morte celular por apoptose e o ciclo celular por citometria de fluxo. Ao silenciar o PCA3, houve redução no número de células, de forma não significativa. Ao combinar o silenciamento do PCA3 ao tratamento com DXT 11,8 nM houve redução significativa do número de células LNCaP. As células adquiriram formato mais arredondado e houve redução de aglomerados celulares e densidade celular. Também ocorreu uma redução significativa no número de células aderidas. Não observamos alterações significativas nos índices de apoptose e nos percentuais de células nas diferentes fases do ciclo celular. Nossos dados sugerem que a superexpressão da OPNa em células de CAT não modula de forma significativa mecanismos subjacentes à EMP e características de CSC. No CaP, o silenciamento do PCA3 sensibiliza as células de CaP metastático ao tratamento com DXT, através de outros mecanismos celulares, diferentes da apoptose e do ciclo celular