Para onde caminhamos? Aspectos estruturantes e conjunturais da crise na Universidade pública brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Martins, Livia Prestes Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23325
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar os aspectos estruturantes e conjunturais da crise na universidade pública brasileira. Para isso, consideramos necessário o estudo da particularidade da formação econômica-social brasileira enquanto expressão concreta da universalidade do modo de produção capitalista. Neste sentido, a hipótese levantada é que os elementos que aprofundam a crise na universidade pública se constituíram historicamente como estruturantes da educação superior no Brasil. A origem da crise na universidade pública brasileira é imposta pelas crises cíclicas do capital, e na busca de dar respostas à crise, as classes dominantes aprofundam o padrão dependente de educação e a heteronomia. A tendência universalizante da mercantilização da totalidade da vida social, na expressão da educação superior brasileira, aprofunda dois elementos que representam as duas faces do mesmo processo: a priorização da expansão da educação superior pela via privada e a privatização da universidade pública por dentro, através de parcerias público-privadas que tem como objetivo expandir a lucratividade e reconfigurar a universidade pública conforme às necessidade do capital, hegemonizado nas frações rentistas. Para esta dissertação, foram utilizadas pesquisas de natureza bibliográfica e documental, possibilitando a análise dos eixos fundamentais que conduzem a política de educação superior, desde a consolidação do capitalismo monopolista no Brasil, ganhando forma e conteúdo na “reforma universitária de 1968” até as medidas conduzidas pelo governo Temer, evidenciando um processo de continuidades e aprofundamentos. A pesquisa apresenta os projetos antagônicos em disputa na educação superior, compreendendo que a configuração da universidade pública não se dá somente a partir da intencionalidade e das medidas efetivas das classes dominantes, mas a partir do processo histórico construído na luta de classes.