Uma câmera no corpo da linguagem: a poética cinematográfica de Manuel Gusmão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lima, Marleide Anchieta de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8705
Resumo: Análise da dinâmica cinematográfica presente na escrita de Manuel Gusmão – poeta e ensaísta literário português –, e de seu trabalho com a sonoridade, com os movimentos, com o jogo de luzes e sombras a co-mover a materialidade verbo-visual dos poemas. Nesse sentido, desenvolvem-se reflexões acerca de uma teorização da imagem e de uma ética do olhar oriundas dos próprios procedimentos imagéticos que se estabelecem no lirismo crítico do referido poeta, no âmbito da poesia portuguesa contemporânea. Com sua escrita em movimento, ele nos dá a ver seu cinepoiesis, em que se vale da lentidão, da frenagem rítmica e de uma memória afetiva, a fim de problematizar a visualidade excessiva e indiscernível, o imediatismo, a velocidade e a anestesia que, cada vez mais, caracterizam as experiências cotidianas na sociedade ocidental globalizada. Articulando o poder sensível e cognoscível da poesia, objetiva-se também ressaltar sua poética de afetos, lugar dialógico de encontros e desencontros, de uma constelação espaciotemporal de vozes a propor uma antropogênese e a reiterar a cinética constante das palavras, das imagens e do mundo