Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Resende, Marcelo Branquinho Massucatto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/242859
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Resumo: |
Partindo das identidades cristalizadas como trans pelos mais variados discursos em circulação, pretendo traçar uma cartografia para as manifestações de gêneros dissidentes nas literaturas de Portugal, Cabo Verde e Brasil, compreendendo o período que vai de 2001 a 2020. Em um primeiro momento, seguindo a disposição geográfica dos países em um eixo Norte-Sul, me debruço sobre a histórica inserção de sexualidades e gêneros dissidentes na literatura portuguesa, começando por Trans Iberic Love (2013), de Raquel Freire, enquanto possibilidade de pensar o transfuturismo, estética de futuro possível para sujeitos trans. Em seguida, analiso as possibilidades de desterritorialização de gênero trans, a partir da alteridade animal no corpo construído como humano, no romance Marginais (2010), do escritor cabo-verdiano Evel Rocha. Por fim, para pensar uma cartografia das corporalidades T na literatura brasileira, bem como a desterritorialização do corpo enquanto possibilidade de transfuturismo, analiso Deixei ele lá e vim (2006), de Elvira Vigna. Nesse percurso, estudo os mencionados romances tendo como elemento norteador a noção de Realismo Naturalista, em que a estética naturalista se impõe sobre o romance contemporâneo dos três países enquanto possibilidade única, bem como a ideia de Transfuturismo, uma forma de rompimento com a tradição literária e possibilidade de releitura das vanguardas europeias do início do século XX. Os conceitos propostos partem de discussões sobre utopia queer, propostas por Lee Edelman (2004), José Esteban Muñoz (2009) e Jack Halberstam (2011), que buscam romper com a posição subalterna com a qual as personagens travestis foram majoritariamente demarcadas no século XX. Além disso, parto de autores que se preocupam em imaginar futuros outros, como Mark Fisher (2020), Donna Haraway (2016a) e Anna Tsing (2022). |