Poesia Vegetal: uma trilha biopolítica pela poesia contemporânea brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Elisa Duque Neves dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24847
Resumo: Este estudo investiga a poesia vegetal na obra de três poetas contemporâneas brasileiras – Ana Martins Marques, Josely Vianna Baptista e Júlia de Carvalho Hansen – que incorporam elementos botânicos em seus poemas, graças a uma intensa relação com o mundo da planta. A partir de uma gama de perspectivas teóricas que inclui biologia, filosofia e estudos biopolíticos, e com base na ideia de poesia-pensamento, teço diálogos com perspectivas pós-humanas na literatura junto com a filosofia do vegetal dos Plant Studies. O interesse é o de observar uma possível trilha política que esta poesia abre para questionar o lugar das plantas no pensamento (pós) antropocêntrico e (pós) colonial. A partir daí, proponho uma leitura crítica sobre como essas paisagens botânicas são construídas. As leituras vão desde os pressupostos evolutivos sobre a vida vegetativa até as discussões de uma perspectiva contemporânea que afirma uma virada vegetal na filosofia e na política. Assim, esperamos contribuir para o interrogatório biopolítico sobre o que constitui uma “vida vivível” e uma “vida precária”, que é ponto radical para entender a literatura como campo fértil para desdobramentos de uma experiência sensível com o mundo. Com efeito, a leitura dos poemas aqui selecionados não pretende apenas ilustrar a relação entre humanos e plantas, mas sim uma forma de desenvolver uma análise crítica que desestabiliza a distância estabelecida entre natureza e cultura e, em alguns casos, empreende uma espécie de “perspectiva vegetal”.